O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, indicou nesta sexta-feira (4), em Porto Alegre, que a primeira faixa do programa Minha Casa Minha Vida terá uma redução no teto de renda das famílias, passando de R$ 1,8 mil para R$ 1,4 mil. As mudanças de valores fazem parte da reformulação do programa, que está sendo gestada pelo governo de Jair Bolsonaro.
— Isso está sendo calibrado. (Deve ser até) R$ 1,4 mil a faixa que terá um auxílio, e até R$ 1 mil a faixa que estará completamente sem tomar crédito. São alguns pontos que a (equipe da) Economia está nos ajudando — disse Canuto.
A primeira faixa do Minha Casa Minha Vida é aquela em que não há cobrança de juros e cujo valor pago pelo beneficiário se limita a 10% do custo do imóvel. É a faixa, portanto, em que há maior subsídio do governo, para as famílias com menor renda.
O ministro ainda garantiu que o governo federal subsidiará novas obras do programa em 2020, e não apenas a continuidade de obras já iniciadas.
— A continuidade do que está em construção é garantia. Novos empreendimentos também estão pensados. O volume ainda está sendo pensado. Mas terão novas contratações, no novo modelo. Haverá, sim, novas unidades — disse Canuto.
Obras inauguradas na Capital e na Região Metropolitana
O ministro inaugurou, no fim da manhã desta sexta-feira (4), na zona sul de Porto Alegre, dois residenciais com 720 imóveis, destinados à faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida. Na sequência, ele seguiu para Gravataí para inaugurar outro residencial, com 848 unidades, também para famílias da primeira faixa.
— Aqueles que não conseguem acessar crédito, mesmo com subsídio, são o público-alvo. Nossa premissa é atender os que mais precisam, onde mais precisam, com a melhor locação do dinheiro público – disse Canuto, antes de explicar que pretende dar mais "autonomia e liberdade" para o beneficiário. – Quanto mais a gente tirar intermediários, fazer com que o dinheiro público da União chegue diretamente à mão do beneficiário, e ele tenha a autonomia de escolher com quem contratar, onde fazer, a gente entende que é a melhor alocação. Ninguém melhor que o beneficiário para saber o que é mais relevante.