A bolsa brasileira registrou ganho um pouco mais expressivo nesta quinta-feira (18), depois de dias travada pela ausência de notícias vindas do Congresso. Foi uma espécie de ressaca pós-Previdência.
O Exterior desempenhou um papel importante. Membros do banco central americano voltaram a sinalizar que deve haver um novo corte na taxa básica de juros do país, em reunião marcada para o dia 31 de julho. É a mesma data em que o Banco Central brasileiro decide se corta ou não a Selic.
Com a perspectiva de queda de juros por lá, as bBolsas americanas ganharam fôlego e o dólar caiu. Por aqui, cedeu 0,87%, chegando a R$ 3,7290, de volta ao patamar de fevereiro.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, avançou 0,83%, a 104.716 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 14,598 bilhões, pouco abaixo da média diária do ano, ao redor dos R$ 15 bilhões.
O desempenho positivo foi puxado pelas ações do setor bancário, que sofria há dias na bolsa brasileira.
A perspectiva de liberação do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem dado fôlego a companhias ligadas a consumo. Para os bancos, a sinalização também é positiva. Com a possibilidade de pagar dívidas em atraso, o consumidor recuperaria a capacidade de tomar crédito, beneficiando o setor.
O anúncio, porém, ficou para a próxima semana. O governo tenta equilibrar demandas, inclusive do setor de construção. Ao esvaziar o dinheiro do fundo, os recursos baratos para financiar a construção ficariam ainda mais escassos, dificultando o investimento.