O ministro da Economia Paulo Guedes defendeu nesta terça-feira (14) um governo com 10 ministérios "bem pequenininhos", cerca de uma semana depois de a administração de Jair Bolsonaro ceder e admitir a recriação de dois ministérios para aprovar a reforma administrativa no Congresso.
As declarações foram feitas durante a comissão mista do Orçamento e em resposta a um questionamento do deputado Zeca Dirceu (PT-SP) sobre por que o governo tinha decidido contingenciar 3,5% do orçamento da educação.
— Eu tenho paixão por educação. Eu fundei o Ibmec, hoje se chama Insper, lá em São Paulo. Eu sou comprometido com educação. Só que existem orçamentos. E quando os orçamentos são revistos para baixo, automaticamente a máquina joga para baixo — disse.
Segundo Guedes, os contingenciamentos não são definidos pelo Ministério da Economia.
— 22 ministros sentam, tem um presidente, a coisa vai, volta. Às vezes tem um que tem um jeito mais sabido de levar dinheiro, acaba levando mais do que deve, tem outro que não sabe, fica mais tímido — complementou.
— Por mim, só seriam 10 ministérios. E bem pequenininhos. Temos 22, e com muita verba para meu gosto — disse.
Na semana passada, o governo cedeu e aceitou recriar os Ministérios das Cidades e da Integração Nacional, mantendo o número total em 22 -a expectativa é que a autonomia do Banco Central seja aprovada, retirando do órgão o status ministerial. Na campanha eleitoral, Bolsonaro havia prometido um governo com 15 ministérios.
Os dois novos ministérios seriam comandados por políticos de partidos que, hoje, integram o centrão.