O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (12) que quer entender a política de preços da Petrobras, um dia após interferir no reajuste anunciado pela estatal.
— Onde é que nós refinamos, a que preço, a que custo, eu quero o custo final — afirmou a jornalistas em evento em Macapá.
Ele disse que fará uma reunião com funcionários para perguntar como o percentual de reajuste do combustível é calculado, quanto custa um barril de petróleo que é retirado no Brasil em comparação com outros países.
Quando lançada em 2016 pela gestão de Pedro Parente, a política de preços da estatal previa reajustes diários dos combustíveis, levando em consideração a cotação internacional do petróleo, a variação do dólar e o que seria custo de importação. Sobre esse cálculo, é aplicada uma margem de lucro da companhia. O preço do combustível, diesel ou gasolina, não considera o custo de produção da Petrobras.
Após a paralisação dos caminhoneiros, em maio do ano passado, houve uma mudança na política e os reajustes deixaram de ser diários. Em setembro, as mudanças nos preços da gasolina foram seguradas por até 15 dias.
Em março deste ano, o mesmo foi anunciado para o diesel, que até o final do ano passado tinha o preço congelado por um mês — medida para contentar os caminhoneiros.
Bolsonaro afirmou ainda que é preciso cobrar não só do governo federal, mas também dos Estados o alto custo dos combustíveis.
— O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, que é estadual) é altíssimo, tem que cobrar de governador também, não só do presidente da República — afirmou o presidente.