A determinação do presidente Jair Bolsonaro de que a Petrobras recuasse do reajuste de 5,7% no diesel nas refinarias fez as ações ordinárias da estatal despencarem 8% nesta sexta-feira (12). Os papéis preferenciais também caíram 7,75%. O tombo provocou perda
ao redor de R$ 30 bilhões no valor de mercado da estatal. O movimento derrubou o Ibovespa, principal índice da bolsa, que registrou recuo de 1,98%. O dólar fechou em alta de 0,89%, valendo R$ 3,889.
O mercado de capitais, que havia se estressado com o recuo da Petrobras, sentindo cheiro de intervenção federal na estatal, mergulhou entre o final da manhã e o início da tarde, Bolsonaro confirmou que ligou na noite de quinta-feira para o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, para impedir o reajuste. Isso fez com que o mercado entendesse que a estatal possa ter intervenção do governo no controle dos preços, como o que ocorria no governo de Dilma Rousseff. Confira o que ele disse:
O estrago nas ações da estatal ocorrido nesta sexta-feira (12) só é superado, na história recente, por uma derretida de 14% ocorrida no dia em que Pedro Parente deixou o comando da empresa, em episódio também relacionado à greve dos caminhoneiros. O estresse provocado pela intervenção vai se estender ao longo da próxima semana. O presidente da estatal, Roberto Castello Branco, é um liberal convicto, assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes. Estava no Exterior nesta sexta-feira e não deu declarações, mas terá de se posicionar na volta ao Brasil.