A violência prejudicou mais uma vez o desempenho gaúcho em longevidade e segurança. De 2015 para 2016, o indicador do Rio Grande do Sul baixou de 0,717 para 0,694 na área, aponta o iRS. A queda resultou na perda de duas colocações na lista nacional dessa dimensão. O Estado passou do terceiro para o quinto lugar em longevidade e segurança ao ser ultrapassado por Minas Gerais (0,722) e Distrito Federal (0,722).
Assim como na edição anterior do estudo, a variável que mede os registros de homicídios representou, além da necessidade de reforçar a segurança, queda na posição. De 2015 para 2016, a taxa de ocorrências pulou de 26,1 para 28,4 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. Conforme o professor Ely José de Mattos, da Escola de Negócios da PUCRS, o avanço nos crimes também foi preponderante para a perda de uma posição no ranking geral.
— A crise econômica tem relação com a crise nas finanças públicas. A combinação desses dois fatores exerce efeito nocivo sobre a área da segurança — salienta.
Em 2017, o Estado deve apresentar melhora em homicídios. Dados da Secretaria de Segurança Pública indicam queda em relação a 2016. Na variável mortes no trânsito, houve relativa estabilidade. A taxa de ocorrências fatais teve leve recuo de 16,3 para 16,2 óbitos para cada grupo de 10 0 mil habitantes no Estado.
A terceira variável que compõe o grupo de longevidade e segurança é o índice de mortalidade infantil. De 2015 para 2016, a taxa apresentou leve alta, ao passar de 10,1 para 10,2 óbitos para cada grupo de mil nascidos vivos. Mesmo com o avanço, o índice gaúcho é o segundo menor do país, atrás apenas do registrado em Santa Catarina (8,8 para cada conjunto de mil nascidos vivos).
Em longevidade e segurança, São Paulo (0,857) continuou na liderança do ranking no país, posição em que se encontra desde o começo da série histórica. A exemplo do Rio Grande do Sul, o Brasil também teve retração. A média nacional caiu de 0,633 para 0,621.