O Brasil ocupa o inglório topo do ranking no Índice Big Mac, levantamento feito pela revista britânica The Economist e cuja atualização mais recente foi divulgada na última quarta-feira (11). Segundo a pesquisa, o lanche mais famoso da rede de fastfood McDonald's vendido no Brasil é o mais caro do mundo quando se leva em conta o preço do sanduíche ajustado pela riqueza produzida pelos habitantes (PIB per capita).
O índice parte do pressuposto de que o McDonald's se esforça para produzir sanduíches idênticos ao redor do planeta, com os mesmos ingredientes e métodos, de forma que o Big Mac pode ser usado como exemplo para avaliar a taxa de câmbio pelo mundo e o poder de compra em diferentes países. O ajuste pelo PIB per capita, por sua vez, embute a crítica de que a média dos hambúrgueres deveria ser mais barata nos países pobres do que nos ricos, já que os custos do trabalho são mais baixos.
De acordo com The Economist, o lanche custa no Brasil R$ 16,90 — ou US$ 4,40. Em valores brutos, o Big Mac brasileiro é 20% mais barato do que o preço praticado nos Estados Unidos (US$ 5,51). No entanto, quando levado em consideração o PIB per capita dos dois países, a revista sustenta que o lanche deveria custar 41% menos do que o americano, o equivalente a R$ 12,48. Na avaliação da revista, isso sugere que o lanche está 34,7% supervalorizado.
Na outra ponta do ranking, o Big Mac de Hong Kong figura como o mais barato em relação ao americano. Segundo a The Economist, o lanche custa o equivalente a US$ 2,55, 54% a menos do que nos Estados Unidos. Quando ajustado pelo PIB per capita, porém, a revista aponta que o sanduíche deveria custar apenas 11% a menos, o que indica uma subvalorização de 48%.
A íntegra do levantamento do Índice Big Mac pode ser conferida neste link.