A sucessão familiar no campo tem sido tema central nas discussões que envolvem a permanência do jovem na agricultura familiar e também no agronegócio. O mais recente censo agropecuário de 2015 aponta que dos 5,2 milhões de estabelecimentos rurais no país, 1,5 milhão foram obtidos por herança. Mas, a fatia que se mantem na atividade ainda demonstra um desafio. O tema é assunto do Santa Maria de Negócios deste domingo (5).
A Emater regional de Santa Maria tem observado essa questão de perto e busca desenvolver políticas que façam com que o jovem se mantenha no campo. O gerente regional adjunto da Emater, José Renato Cadó, avalia que no caso da agricultura familiar, a sucessão rural abrange questões que vão além da transferência do patrimônio – como terras e máquinas. O avanço dessa questão passa também pela aceitação e entendimento do núcleo familiar quanto à importância da permanência de diferentes gerações nos negócios do campo.
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Cadó sustenta que uma situação que precisa ser observada é a difusão do conhecimento – o que se traduz, segundo ele, em dar sequência à manutenção de um patrimônio social, cultura e, inclusive, histórico.
O processo de migração do jovem do campo para a cidade já teve picos maiores, segundo ele. Mas, mesmo assim, isso poderia ser ainda mais reduzido com a adoção de políticas públicas que não se limitassem apenas à agricultura. Ele cita, entre elas, algumas como estímulo do desenvolvimento de projetos inovadores, a modernização do campo e o acesso à tecnologia.
Confira, abaixo, a íntegra da entrevista: