O pavilhão internacional da 23ª Expodireto Cotrijal é o local onde mais de 60 países, dos cinco continentes, devem transitar ao longo dos cinco dias de feira em Não-Me-Toque. Os países africanos são maioria e buscam se apropriar da pesquisa e do conhecimento de décadas com a tecnologia agrícola do Brasil.
Referência no agronegócio e com clima tropical, o Brasil está na mira da delegação de Gana, que é a maior desta edição da feira, com cerca de 30 integrantes. O interesse dos africanos vai desde adaptação de sementes para diferentes condições climáticas até as melhores práticas da tecnologia de plantio.
- Nos últimos 60 anos, o Brasil focou na sua agricultura como produto interno. Tudo que o país desenvolveu em termos de pesquisa, a adaptação por causa do clima, é muito importante para nós. Mostra a importância do país como produtor, serve de inspiração - afirma a embaixadora de Gana, Abena Pokua Adompim Busia.
Nesta segunda-feira (6), o país celebra os 66 anos da sua independência. A embaixada de Gana no Brasil tradicionalmente realiza a celebração em Brasília. Neste ano, a comemoração será junto aos gaúchos.
— Desta vez, fomos agraciados com o convite da Expodireto. Vir para cá significa celebrar nossa independência e marcar a relação com o Agro e de Gana com o Brasil — completa a embaixadora.
Burquina Faso é novidade
Ao longo dos cinco dias, países de diferentes continentes passarão pelo Pavilhão Internacional. Enquanto alguns chegam, como o caso de Arábia Saudita e Emirados Árabes, a partir de terça-feira, e outros devem ir embora a partir do meio da semana, a movimentação terá como foco a realização de "pitchs", espaços de apresentação de modelos de negócio.
Nesta edição, Gana lidera a maior delegação, seguido da Nigéria. A novidade desta Expodireto é a presença de Burkina Faso, também da África.
O coordenador da Área Internacional da Expodireto Cotrijal, Matheus Prato da Silva, explica que este novo formato deve proporcionar maior dinamismo na feira. Segundo ele, os países buscam desde agricultura de precisão até o maquinário agrícola.
— Existe uma troca evidente: empresas e municípios mostram seus potenciais e oportunidades de negócio para estrangeiros, e vice-versa, com as oportunidades e o que os países procuram aqui — declara.
Programação
Ao longo dos cinco dias de Expodireto, as delegações internacionais participarão dos pitchs com a presença de representantes da agricultura do Rio Grande do Sul. Nesta segunda-feira, Gana, Burquina Faso e Cabo Verde realizam suas apresentações.
Nesta terça-feira (7), é a vez de Canadá, Austrália, França e Alemanha e um conjunto de países árabes apresentarem seus painéis.
Além destes países, China, Irã, Iraque, Venezuela, Índia, Argentina, Uruguai, Peru, Colômbia, Panamá, Estados Unidos, Itália, Jordânia, Síria, entre outros, participam deste espaço.