A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A relevância do agronegócio na economia e a demanda por mão de obra capacitada tem ajudado a fomentar também investimentos em educação. Atentas às necessidades de cada região, as instituições aproximam conteúdos e espaços à realidade do setor.
— O mercado do agro está cada vez mais exigente com relação ao nível de trabalho. Por isso, as pessoas vêm buscando qualificação profissional — assegura Eduardo Condorelli, superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no Estado (Senar-RS).
Na região onde a Expodireto é realizada, iniciativas de ensino especializado para o agro tomam forma.
Terreno fértil para a formação
É com o objetivo de ser um espaço de desenvolvimento tecnológico e de aproximação dos alunos com as empresas do setor que nasceu a Escola do Agronegócio da Atitus Educação. O novo campus, em Passo Fundo, acaba de ser inaugurado.
— Essa nova estrutura está focada na perspectiva de oportunizar o aluno a empreender ou ter acesso desde cedo às principais empresas, com uma maior probabilidade de ter emprego qualificado — explica o CEO Eduardo Capellari.
Para isso, no mesmo campus, haverá salas e laboratórios para a graduação, um centro de pesquisa tecnológica e um parque tecnológico. No caso das salas de aula, as disciplinas dos cursos de Agronomia e Veterinária, que compõem a escola, poderão ganhar remodelação de acordo com a necessidade do mercado. É que a grade curricular passará a receber a colaboração de um conselho consultivo com sete nomes conhecidos do setor. Já nos outros espaços no campus, a proposta é reunir empresas que desenvolvam tecnologias.
Foi também a partir de uma demanda do mercado que a Ulbra, a partir da unidade de Carazinho, idealizou o curso de Gestão do Agronegócio, em EAD. Jean Soares, um dos promotores do curso, explica que se identificou que "a modalidade se encaixaria melhor à realidade do agro, fisicamente distante do centro urbano".
A primeira turma será ofertada neste semestre. O curso de tecnólogo tem duração de dois anos. Entre as disciplinas da grade curricular, há gestão de custo, modelagem de negócio, matemática financeira, inovação e transformação digital.
— O profissional sai deste curso com uma boa noção de gestão do setor, das propriedades às empresas e de cooperativas também — resume Soares.