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Os vendedores ambulantes que atuam de forma irregular no centro de Caxias do Sul terão mais 20 dias para se credenciarem a ocupar um espaço no Centro de Capacitação e Comércio. O prazo, que terminaria nesta sexta-feira (22), foi prorrogado para o dia 12 de dezembro.
O empreendimento vai ficar no Caxias Plaza Shopping, que pode ser acessado tanto pela Avenida Júlio de Castilhos, quanto pela Rua Sinimbu, entre as ruas Visconde de Pelotas e Dr. Montaury. Ao todo, serão disponibilizadas 86 bancas de quatro metros quadrados cada uma. Inscrições que superarem esse número formarão um cadastro reserva.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico Inovação (SDEI), Jorge Catusso, a ampliação do prazo ocorreu para dar mais tempo aos vendedores, os quais a intenção é tirá-los das ruas da cidade. Havia a possibilidade de nem todos conseguirem cumprir o prazo.
— Já tínhamos esta previsão, num primeiro momento com o chamamento e depois uma margem. Temos que ter toda cautela, muitos dizem que não estão na cidade. O objetivo é fazer com que saiam da rua de maneira pacífica e, ao mesmo tempo, temos que regulamentar de uma forma que não os empurre de volta para a rua — explica o secretário, acrescentando que o prazo pode ser prorrogado novamente, se houver necessidade.
Ainda segundo Catusso, parte dos ambulantes já encaminhou a documentação para se tornar microempreendedor individual (MEI) e outros estão cumprindo os trâmites.
— Eles sabem que chegou a hora de entrar e depois a fiscalização vai ser rigorosa — afirma.
Preparação do espaço
A área no Caxias Plaza Shopping está com obras avançadas e nos próximos dias devem ser instaladas as divisórias das bancas, que contarão com expositores de produtos. Conforme o secretário, o município também busca parcerias para fornecimento de lonas retráteis para que os espaços possam ser fechados. A readequação do espaço envolveu a retirada das divisões originais e adaptações ao Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI).
A área locada pelo município tem dois pisos. No térreo ficará a área de comércio, enquanto que o piso superior terá os espaços de capacitação. A longo prazo, o objetivo é de que o aluguel das bancas seja pago pelos próprios vendedores, enquanto que o município ficará responsável pelas salas restantes.
Caso o prazo, de fato, se encerre em 12 de dezembro, a expectativa é iniciar as operações do empreendimento em janeiro.
— Janeiro é favorável, porque é mais parado em termos de comércio. Eles já haviam pedido que em dezembro possam vender nos locais onde estão, até para liquidar a mercadoria e entrar no Centro de Capacitação e Comércio com produtos melhores — destaca Catusso.