Esta sexta-feira (30) é o último dia para o pagamento da primeira parcela do 13º salário. Com o dinheiro extra na conta, é hora de pensar no que fazer. A reportagem consultou economistas que formularam 13 possibilidades de uso desta grana. Tem opção para os mais endividados e para aqueles que mal vão ver a cor do dinheiro a mais, mas também tem dicas para quem conseguiu engordar o porquinho durante 2018.
Dicas para quem está no vermelho
1. ENFRENTAR: para quem tem dívidas menores que os valores recebido no 13º, a dica é fazer um enfrentamento direto, usando a grana para quitar essas pendências por completo. Isso irá aliviar o orçamento dos próximos meses.
2. NEGOCIAR: no caso de quem tem dívidas maiores do que o salários extra, é importante tentar negociar com os credores uma maneira de diminuir o tamanho da dívida com o uso do 13º. Por exemplo, pode-se pagar mais parcelas de uma compra juntamente, diminuindo os juros e, por consequência, o valor final que seria pago.
3. JUROS: caso você já tenha perdido o controle das suas dívidas e esteja contando com o 13º apenas como um paliativo, o ideal é tentar quitar as pendências com juros maiores. Assim, você conseguirá gastar menos com pagamentos nos meses seguintes.
4. BUSCA DO EQUILÍBRIO: para quem está com as contas em dia, mas deve no saldo da conta corrente, o 13º salário pode ser o pontapé para o equilíbrio na conta bancária e uma saída do cheque especial. Tirando a conta do vermelho, você deixará de pagar os juros deste limite extra utilizado, o que trará uma economia para o seu bolso.
5. FUGA DO ROTATIVO: outra dívida comum é a do uso do limite rotativo do cartão de crédito. Conhecido pelo seus juros exagerados, o valor pode ser coberto pela entrada do 13º no orçamento. Isso fará com que você tenha um limite maior para as próximas compras, além de ficar com as faturas em dia.
6. LIMPAR O NOME: se o seu poder de compra está restrito devido à inclusão nos serviços de proteção ao crédito, a chegada do 13º salário pode ser usada para tentar renegociar essa dívida. O dinheiro pode servir de entrada nesse refinanciamento. Isso limparia o seu nome. Mas é preciso cuidado para não voltar ao endividamento descontrolado.
Dicas para quem está no azul
7. ORGANIZAR: as festas de final de ano, como Natal e Réveillon, acabam gerando gastos com alimentos e presentes. Por isso, se o 13º ficou sobrando na conta, aplicar no lazer de final de ano é uma boa.
8. PREVENÇÃO: para os mais conservadores e preocupados com as dívidas, o ideal é guardar a grana e esperar os tradicionais impostos anuais, que chegam em breve, como o IPVA e o IPTU.
9. PLANEJAR: quem vai ficar por casa no Natal, mas pretende curtir a praia no verão, o dinheiro do 13º pode ser usado para programar as férias, entre janeiro e março. Sozinho, o valor não deve cobrir todo os gastos, mas já servirá para alguma coisa.
10. APLICAR: esta dica é para quem já tem alguma reserva e engordará o bolo mais ainda com o 13º salário. Pode-se aplicar a grana em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) – com R$ 500 já se pode fazer esse investimento –, ou então em um comprar títulos do Tesouro, que tem custo mínimo de R$ 30. Informe-se no seu banco.
11. POUPAR: se você não está interessado em investir em um CDB ou num título do Tesouro, mas quer guardar o dinheiro por enquanto, a melhor saída é a boa e velha caderneta de poupança. Mesmo com juros baixos, o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento, em caso de aperto no orçamento.
12. FILHOS: para quem tem crianças e vai usar parte do dinheiro do salário extra, uma dica é preservar parte para a compra do material escolar da gurizada. Afinal de contas, logo começa um novo ano letivo, com mais uma lista de materiais para serem adquiridos, afora gastos com vestuário e livros.
13. DE OLHO NO FUTURO: para quem tem interesse em buscar uma alternativa à aposentadoria tradicional, o 13º salário pode ser usado para dar o pontapé inicial em um plano de previdência privada. Em alguns casos, é possível fazer isso aplicando menos de 10% da renda mensal.
Fontes: Alfredo Meneghetti Neto, professor de Economia da PUCRS e consultor de finanças pessoais, Edward Claudio Junior, educador financeiro do Instituto DSOP, de São Paulo