Conforme anúncio da CEEE na tarde desta terça-feira (13), a tarifa de energia elétrica terá reajuste médio de 7,35%. No caso das residências, o aumento será de 8,3%. Embora bem mais tímido do que o reajuste de 2017, de 29,29% para os consumidores residenciais, o valor é superior à inflação oficial dos últimos 12 meses conforme o IPCA — de 4,56%.
Na segunda-feira (12), em conversa com a colunista de GaúchaZH, Giane Guerra, o chefe da Coordenadoria de Regulação da CEEE, Lucas Malheiros, salientou que a média do reajuste seria inferior ao acumulado da inflação, mas levando em conta o IGP-M, de 10,79%.
Em vigor a partir de 22 de novembro, em um primeiro momento o reajuste deverá ser menos sentido em razão da redução da chamada bandeira tarifária, mecanismo que acresce até R$ 5 na conta de luz para cada 100 kWh conforme o nível dos reservatórios de água nas hidrelétricas. Quanto mais baixo o nível, maior o valor acrescido na tarifa em razão da compensação de energia vinda das usinas termelétricas.
Há quatro meses, a conta de luz vinha sendo impactada pela bandeira vermelha patamar 2, um acréscimo de R$ 5 a cada 100 kWh de consumo. Sobre o valor da bandeira, ainda incidem os valores de ICMS e PIS/Cofins. Mas o aumento da chuva fez com que a bandeira, desde 1º de novembro, baixasse para a amarela. Portanto, a conta passa a ser acrescida de R$ 1 a cada 100 kWh em vez de R$ 5.
Em um cálculo aproximado, até o mês passado, uma conta de 100 kWh de consumo custaria R$ 76,80 acrescida da bandeira vermelha patamar 2, de R$ 5 (mais impostos), resultando em aproximadamente R$ 81,80. A partir do reajuste, o custo pelos 100 kWh ficaria em R$ 83,17 acrescido da bandeira amarela, de R$ 1 (mais impostos), resultando em uma conta de aproximadamente R$ 84,17.