Os gastos de brasileiros em viagem ao Exterior seguem em crescimento, mas em ritmo menor de expansão, segundo avaliou o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha. Em maio, essas despesas somaram US$ 1,615 bilhão, com aumento de 8% em relação ao mesmo mês de 2017. Em abril deste ano, comparado ao mesmo mês de 2017, o crescimento chegou a 16%.
Segundo Rocha, o ritmo menor de crescimento ocorre devido à alta do dólar.
— Está ocorrendo uma desaceleração dessas despesas — disse.
Já as receitas de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 429 milhões, em maio, e US$ 2,862 bilhões, nos cinco meses de 2018. Em maio, a conta de viagens internacionais, formada pelos gastos de brasileiros e as receitas de estrangeiros, ficou negativa em US$ 1,187 bilhão e acumulou US$ 5,224 bilhões nos cinco meses do ano.
Nos dados preliminares deste mês, até o dia 21, as despesas ficaram em US$ 1,114 bilhão e as receitas de estrangeiros no Brasil em US$ 273 milhões. Com isso, a conta de viagens internacionais está negativa em US$ 841 milhões.
1 - Evite comprar moeda em cartões de travel money, pois o imposto é mais caro nesta modalidade do que na compra de dinheiro vivo (o Imposto sobre Operações Financeiras, IOF, é de 6,38% no cartão de viagem, e de 1,1% na moeda em espécie).
2 - No cartão de crédito, o IOF também chega a 6,38% para compras no Exterior, por isso, a recomendação é evitá-lo durante a viagem. Há, ainda, o agravante de a cotação ser definida apenas no fechamento da fatura. Ou seja: há risco de ter de pagar uma cotação ainda mais alta se o dólar continuar subindo.
3 - Pesquise bem nas casas de câmbio, pois a cotação pode variar bastante de um local para outro. Também se informe quanto às condições de compra, que podem indicar o custo-benefício do negócio, por exemplo, se há cédulas de valor mais baixo ou se a casa de câmbio aceita pagamento por cartão de débito.
4 - Evite comprar toda moeda que precisa no mesmo dia, para escapar do risco de negociar o valor no momento de maior alta. Uma maneira de aproveitar o preço médio é fazer compras periódicas, um pouco a cada semana. Assim, aproveita-se também os momentos de baixa.
5 - Recorra à internet: alguns sites podem ajudar a comparar preços de dólar em sua cidade. Um dos mais conhecidos é este aqui, que apresenta a lista de cotações e abre espaço para que o cliente faça "lances" e seja contatado pelas casas de câmbio que os aceitem.
6 - Se for viajar em grupo, compre volumes mais altos de moeda nos mesmos locais, para barganhar preço. Se for o caso, una-se com familiares e amigos para comprarem juntos.
7 - Comece a acompanhar cotações com antecedência mínima de três meses, assim você vai se inteirando e saberá quando é o melhor momento de fechar o negócio nos pacotes ou na compra de passagens.
8 - Outra forma de economizar é rever o orçamento para a viagem e avaliar o que pode ser cortado. Um passeio a menos, um quarto mais simples ou um dia a menos no destino pode baratear as férias.
9 - Se ainda está planejando a viagem, avalie opções um pouco mais em conta ou que não dependam diretamente da cotação do dólar. Os cruzeiros ou destinos internos no Brasil passam a salvo pela alta na moeda americana.
10 - Se já confirmou o pacote, mas o dólar subiu mais do que você esperava, procure a agência e tente renegociar a data de embarque, adiando até que a cotação caia. Quanto antes fizer este movimento, maiores as chances de conseguir a mudança sem pagar multas.
Fontes: Educadora financeira Camila Bavaresco e Danilo Kehl Martins, conselheiro da Associação Brasileira de Agências de Viagem no Estado (ABAV-RS)
*Agência Brasil com GaúchaZH