Até 15 de junho, Porto Alegre deve perder duas das seis agências do INSS dedicadas a atender o público. As unidades Azenha, na Avenida Erico Verissimo, e Petrópolis, na Avenida Protásio Alves, devem fechar as portas nessa data em razão de uma determinação da gerência nacional do instituto para reorganizar a estrutura de atendimento pensando em economia com a locação de imóveis. Como ambas agências funcionam em espaços alugados, elas entraram na conta do corte de gastos.
Os usuários já estão sendo informados da mudança, segundo a assessoria de comunicação da instituição, e os procedimentos marcados até o dia 15 serão realizados normalmente.
No entanto, as demandas agendadas para além dessa data serão remarcadas pelo INSS já considerando o remanejo de unidades. Aqueles atendidos na Agência Azenha estão sendo orientados a buscar os serviços da Agência Partenon, na Avenida Bento Gonçalves.
Os segurados que costumam recorrer à Agência Petrópolis terão de buscar a unidade Norte, no IAPI. Juntos, os postos que serão extintos atendem, em média, 320 pessoas por dia.
O INSS informa que os gastos com aluguel — incluindo taxas de condomínio, limpeza e vigilância — chegam a R$ 50 mil mensais no imóvel da Erico Verissimo e a R$ 61 mil no da Protásio. O fechamento chega no momento em que o instituto consolida serviços por meio do Portal Meu INSS, em que a concessão de benefícios e outras demandas podem ser feitas via internet desde 2017.
Esse é um dos pontos em que o Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no RS (Sindisprev-RS) sustenta suas críticas ao encerramento das atividades nas duas agências da Capital. Presidente da entidade, José Campos entende que a modernização, com a implantação de ferramentas digitais, deveria caminhar junto a investimentos na infraestrutura físicas da Previdência em vez de precarizar o atendimento presencial.
— A maioria das pessoas que buscam nossos serviços é de uma parte da população excluída digitalmente. Com o fechamento de agências, a gente vê que o INSS está em um processo de restringir o atendimento. Não somos contra a modernização, mas ela precisa ser um complemento. Daqui a pouco, teremos uma situação semelhante a que vemos no Imposto de Renda. As pessoas não saberão acessar o serviço digital e pagarão para fazer as coisas, já que a rede de atendimento, que é gratuita, está sendo reduzida — avalia.
O Sindisprev-RS acredita que a falta de recursos humanos também esteja motivando a reestruturação do instituto. Segundo a entidade, de janeiro até maio, foram cerca de mil aposentadorias no quadro nacional, e o déficit estaria em torno de 15 mil servidores.
O INSS não confirmou se outras agências serão fechadas no Rio Grande do Sul e assegurou que a unidade de Viamão, na Região Metropolitana, permanecerá atendendo ainda que também funcione em imóvel locado.
Os agendamentos no INSS devem ser feitos pelo telefone 135