O Ministério das Relações Exteriores informou nesta sexta-feira (7) que a Rússia retirou o embargo à carne bovina brasileira exportada do Pará. A restrição havia sido imposta em março para animais com mais de 30 meses de idade, após a detecção de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) — doença também conhecida como “mal da vaca louca” — no Estado.
"O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio hoje, 7 de abril, do fim das restrições à carne bovina brasileira impostas pela Rússia em razão do caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica no estado do Pará", informou o Itamaraty em nota.
Destino de 60% de toda a proteína exportada pelo Brasil, a China já havia retirado o embargo. A medida foi tomada após a confirmação de que a doença detectada no animal de nove anos no município de Marabá era atípica, ou seja, surgiu de forma espontânea no organismo do animal, sem risco de disseminação no rebanho nem ao ser humano.
Além da China e da Rússia, as Filipinas também reabriram o mercado para a proteína animal brasileira pelo mesmo motivo.
De acordo com o governo federal, em 2022, as exportações de carne bovina para a Rússia somaram cerca de US$ 165 milhões, o equivalente a 24 mil toneladas do produto. No mesmo ano, as Filipinas foram o sexto destino das exportações de carne bovina do Brasil, com 61 mil toneladas embarcadas e faturamento de US$ 275 milhões.