A primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa foi prorrogada em todo o Estado até o dia 15 de junho. A medida se deve aos desdobramentos da greve dos caminhoneiros. De acordo com o supervisor regional da Secretaria Estadual de Agricultura em Santa Maria, Ernani Brunelli Alves, a paralisação afetou parte do abastecimento das vacinas nas agropecuárias.
Em todo o Estado, o objetivo é imunizar 13,7 milhões animais, entre bovinos e bubalinos de até dois anos. Após a aplicação da dose, todos os produtores deverão comprovar a vacinação a partir da apresentação da nota fiscal de compra e declaração da quantidade de animais vacinados, por categoria, nas Inspetorias de Defesa Agropecuária.
Também foi prorrogado, até 15 de junho, o prazo para os produtores fazerem a declaração anual do número de animais na propriedade. Quem não o fizer será autuado e poderá ter sua propriedade rural interditada.
A febre aftosa é uma infecção viral que causa febre e aftas, geralmente na boca e nos pés de animais. O vírus se espalha rapidamente pelo gado, caso os produtores não tomem medidas de controle e erradicação assim que detectarem o problema. O Rio Grande do Sul hoje é considerado zona livre de febre aftosa, com vacinação. O último caso da doença no Estado foi registrado em 2001.
Região Central
Dos 106 mil bovinos previstos em Santa Maria, cerca de 85% já foram imunizados. Ainda segundo Alves, o número pode ser ainda maior, já que alguns produtores compraram a vacina, mas ainda não apresentaram a comprovação na Inspetoria Veterinária.
Já nas 26 cidades atendidas pela Supervisão Regional da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, dos 969 mil bovinos previstos, os números são ligeiramente mais altos. Aproximadamente 90% já foi vacinado.