Shantal Verdelho, 34 anos, se manifestou sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de encerrar as ações penais contra o ginecologista e obstetra Renato Kalil. A influenciadora acusou o médico de lesão corporal e violência psicológica durante o parto de sua segunda filha, atualmente com dois anos.
Em um vídeo publicado no Instagram na quarta-feira (28), ela alegou que, apesar da decisão favorável ao médico, considera que foi importante ter trazido o tema para o debate público.
— Violência obstétrica nunca foi assunto no Brasil, e é algo que acontece muito, com muita frequência, com mulheres de todas as esferas. Foi um assunto que virou pauta, que as mulheres procuram informação, passaram informação para os seus parceiros, mudou o parto de muita gente que já foi com embasamento — disse.
A influenciadora afirmou ainda que está tranquila com a situação e não quer que o ocorrido interfira no bem-estar de sua família:
— Passei essa missão toda de forma limpa, em momento algum quis usar de qualquer outro mecanismo que não fosse deixar as coisas acontecerem, trabalhar com um excelente advogado pra conseguir um resultado justo. Mas o que eu poderia ter feito eu fiz.
O caso
Em 2021, Shantal revelou ter sofrido agressões físicas e verbais por parte do médico Renato Kalil durante o parto de sua segunda filha. Na época, vídeos vazados nas redes sociais mostraram cenas do seu trabalho de parto, com manifestações por parte do obstetra.
Em 2022, ao ser ouvido pela polícia, o profissional admitiu que "utilizou palavras inadequadas" durante o parto, mas alegou que as falas foram "apenas em um momento de incentivo motivacional, pois era um parto difícil".
No ano seguinte, o Ministério Público de São Paulo denunciou o ginecologista por violência psicológica e crime de lesão corporal leve. A Justiça aceitou a denúncia, mas a defesa de Kalil recorreu, o que fez com que o processo fosse para o Superior Tribunal de Justiça.
A decisão do STJ
Conforme informações obtidas pelo g1, o STJ entendeu que não ficou comprovado que Kalil tenha violado princípios éticos, atuado sem os devidos cuidados da boa prática médica ou tenha desrespeitado a vontade da paciente.