O processo de investigação do caso Klara Castanho foi arquivado pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP). O órgão apurava as circunstâncias do vazamento de informações sobre o estupro e posterior entrega à adoção de um bebê da atriz de 22 anos. Os dados teriam sido revelados por uma enfermeira do Hospital Brasil.
Conforme o g1, o Coren-SP se manifestou em nota, afirmando que "não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes". O processo foi aberto em junho de 2022, após a publicação de uma carta aberta de Klara nas redes sociais.
Segundo o relato da artista, uma funcionária da casa de saúde a teria abordado após o trabalho de parto, e ameaçado divulgar sua história. Em seguida, afirma ter recebido mensagem de um jornalista. "Minha história se tornar pública não foi um desejo meu", disse ela, buscando esclarecer boatos que já viralizavam na internet.
Uma sindicância foi realizada, de acordo com o Conselho, a partir do que a jovem atriz compartilhou com seus seguidores.
"O conselho seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, porém não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes, o que levou ao arquivamento do processo. Até o momento, o Coren-SP também não recebeu denúncia por parte da atriz quanto ao tema", diz o texto da nota.
Até a publicação desta matéria, Klara Castanho não havia se manifestado sobre o desfecho do caso.
Leia a íntegra da carta publicada por Klara Castanho na época:
O caso
O episódio de violência do qual a atriz Klara Castanho foi vítima veio a público em junho de 2022, após a youtuber Antonia Fontenelle dizer em uma live que "uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção". Fontenelle divulgou a história após ser informada do caso pelo colunista social Leo Dias, fazendo críticas à suposta postura da artista.
Em seguida, o jornalista especializado em fofocas sobre celebridades também se manifestou. No portal Metropoles, publicou um texto intitulado Estupro, gravidez indesejada e adoção: a verdade sobre Klara Castanho.
A exposição gerou enorme polêmica e, após pressão dos internautas, o conteúdo foi deletado do portal. Leo Dias então admitiu ter sido informado por profissional de saúde do hospital onde a atriz havia dado à luz.
“Ela insistiu que precisava falar comigo para denunciar um caso atípico que ocorrera há algumas horas naquela casa de saúde. A moça, sob a condição de anonimato, me disse que, pela primeira vez, o nascimento de uma criança não poderia ser registrado na maternidade. Nenhum dado sobre o nascimento poderia ser incluído no sistema”, escreveu o colunista, que, na sequência, pediu perdão à Klara.
Em carta aberta, publicada no Instagram, a atriz revelou ter engravidado após estupro e entregue a criança à adoção. Com a repercussão, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) anunciaram abertura de procedimento para apurar eventuais infrações éticas de profissionais envolvidos no caso.