A atriz Samara Felippo, 43 anos, reflete sobre assuntos como maternidade, feminismo e sexualidade em seu livro Mulheres que Habitam em Mim, lançado no mês passado. Na obra, ela também comenta sobre a dinâmica de seu relacionamento com o ator e humorista Elídio Sanna, do grupo Barbixas, com quem mora desde 2020 após cinco anos de namoro.
"Eu nunca gostei muito de rotina, de sempre ter que fazer as mesmas coisas. E o casamento, a vida a dois, tem muito de rotina. Em muitos casos, é bastante sufocante", opina ela.
Samara explica que a atual relação tem "liberdade" e, por conta disso, pôde descobrir sua bissexualidade.
"Com o Elídio tem sido de uma maneira mais aberta, leve e com liberdade. Isso tem sido uma boa química para nós, sem cobranças. Inclusive, com ele, descobri sem tabus ou medo a minha bissexualidade", revela, na publicação.
"Sempre senti vontade de beijar mulheres também, mas sempre vinha um lado de muita culpa e 'erro'. Como se eu não pudesse sentir aquilo. Passei anos negando. Tão bom ser livre. E quero que isso seja passado com acolhimento e naturalidade para as minhas filhas. Ainda não sentei e falei abertamente sobre, mas tampouco hoje em dia isso é um tabu para elas", acrescenta.
Samara é mãe de Alícia, 13 anos, e Lara, nove, de seu antigo relacionamento com o jogador de basquete Leandrinho Barbosa. Ela não cita o nome do ex na publicação.
Do ponto de vista da atriz, ela encontrou em Elídio uma boa parceria.
"Ele é uma pessoa bem-humorada e que sabe me quebrar com suas piadas quando estou brava. Ele me faz sorrir e me sentir especial. Enaltece e vibra com minhas conquistas, me abraça quando preciso, me dá suporte nessa caminhada materna e me ensina diariamente".
Em dezembro do ano passado, em entrevista ao canal Mais que 8 minutos, comandado pelo apresentador e também humorista Rafinha Bastos, Samara já havia contado estar disposta a ter um relacionamento aberto e relatou já ter vivido experiências nesse sentido com o atual companheiro.
— É um assunto supertabu (sobre o qual) venho constantemente lendo, entendendo que merd* de ciúme é esse que a gente é ensinado a sentir como prova de amor, sabe? Aí também vem uma outra romantização, que é a romantização do amor. A mulher sempre esperando o príncipe, tendo que ter um parceiro para procriar — afirmou na ocasião.
— Mas os dois pelo menos estão alinhados nesse sentido? — questionou o apresentador em outro momento.
— Alinhados, mas é que um é sempre mais saidinho do que o outro (risos). Existem limites, existem acordos, existem situações que também não são tão confortáveis e isso é conversado. Também não estou em um nível de falar somos superabertos. Não é esse lugar. Mas já aconteceu, não foi um problema. Quando foi um problema, foi muito bem resolvido. A parceria entende que lugar é esse que incomoda. Fácil também não é, cara. Não é. A possibilidade de você achar que seu parceiro vai se apaixonar por outra pessoa, esse medo, tudo é muito latente. E tampouco a gente tem essa vida muito ativa, de ter pessoas além de nós. Mas é um lugar que eu quero crescer cada vez mais com ele, entendeu? Debater cada vez mais com ele — explicou ela, por fim.