O relacionamento abusivo entre Evan Rachel Wood e Marilyn Manson se tornou tema do documentário Phoenix Rising, que teve sua primeira parte exibida no Festival de Sundance, neste domingo (23). A produção da HBO, dirigida por Amy Berg, mostra Wood falando sobre a época em que foi vítima de abuso durante a relação tóxica, que tornou pública desde 2016, com uma carta aberta postada em seu perfil do Twitter contando sobre o que se passou.
Em fevereiro de 2021, a atriz nomeou seu agressor publicamente: “O nome de meu abusador é Brian Warner, também conhecido mundialmente como Marilyn Manson”, disse a atriz em publicação.
Wood detalha a relação vivida com Manson em Phoenix Rising e exalta a necessidade de punição contra ele:
— Não é por vingança ou porque "ele é um monstro e precisa ser punido e destruído". Ele já foi destruído. Aquele homem não é mais um homem; ele se foi — diz a atriz no documentário.
Segundo Wood, o cantor a intimidava fisicamente e psicologicamente, com diversas ameaças de morte. A atriz, que tem ascendência judaica, precisou aguentar Manson decorando a casa em que viviam com objetos nazistas e exaltava Adolf Hitler, como se ele fosse o “primeiro astro do rock”.
Ela também conta que Manson a violentou durante as gravações do clipe da música Heart-Shaped Glasses. Familiares da atriz colaboram com o seu relato em relação a Manson. A mãe dela acusa o canto de premeditar um comportamento controlador.
— Ele estudou como manipular pessoas. Ele é um predador.
Marilyn Manson enfrenta diversos processos envolvendo acusações de abusos sexuais, além de ainda estar sob investigação de autoridades. O artista nega todas as acusações e diz que os processos contra ele tratam de relações íntimas que ocorreram de forma consensual.
Phoenix Rising deve estrear na HBO no segundo semestre de 2022. Nos últimos anos, a companhia tem investido em documentários que abordam acusações de violência sexual por parte de celebridades, como é o caso de Leaving Neverland e Allen vs. Farrow, que relatam acusações contra Michael Jackson e Woody Allen, respectivamente.
No início de dezembro do ano passado, foram revelados documentos judiciais de Wood alegando que Manson teria agredido seu filho Jack, de oito anos. Desde lá, o artista já era acusado e investigado pelos inúmeros abusos sexuais.