No dia 20 de outubro, mais um livro que revela bastidores da família real será lançado. Depois de Finding Freedom ("Encontrando liberdade", na tradução livre), biografia escrita por dois repórteres que explica melhor as razões por trás da saída do príncipe Harry e de Meghan Markle de suas funções reais, Battle of Brothers: William and Harry - The Friendship and the Feuds ("Batalha dos irmãos: William e Harry - a Amizade e os Feudos") promete detalhes da suposta briga entre os irmãos William e Harry.
A obra é escrita por Robert Lacey, biógrafo da família real e que, inclusive, já trabalhou como consultor da série The Crown. O jornalista também foi o autor de uma das biografias mais reconhecidas da rainha Elizabeth. Separamos quatro curiosidades sobre a publicação que já foram adiantadas à imprensa. Confira:
William chorou ao ver Diana admitindo traição
No livro, o autor relata que William teria descoberto a traição da princesa Diana ao pai, príncipe Charles, ao assistir à entrevista da mãe ao jornalista inglês Martin Bashir na televisão em 1995, em que ela admitia a relação. Lady Di viveu um relacionamento extraconjugal com o oficial do exército James Hewitt enquanto ainda era casada.
A publicação conta que o então adolescente de 13 anos não conseguiu segurar as lágrimas e foi encontrado deitado no sofá com os olhos vermelhos de tanto chorar. Ele teria se recusado a conversar com a mãe por telefone após o episódio.
Diana e Charles se divorciaram em 1992. Em 1994, Charles confirmou à imprensa ter tido um caso com Camilla Parker Bowles enquanto ainda era casado.
Desavenças começaram com o divórcio dos pais
Entre as novidades adiantadas à imprensa, está a de que a discórdia entre os dois começou com o divórcio dos pais.
"Esses dois irmãos - que antes eram inseparáveis e agora separados por muito mais do que uma mera distância - têm representado as contradições que remontam à infância e mesmo antes disso: no casamento infeliz dos pais. Vimos conflitos entre herdeiros em todas as gerações recentes da família real - mas nada tão profundo quanto isso", afirma uma prévia do livro.
As desavenças teriam se agravado ainda mais depois dos casamentos de William com Kate Middleton e de Harry com Meghan Markle, e piorado com a saída dos duques de Sussex da família real.
De acordo com Lacey, o momento atual de tensão começou quando William pediu que Harry tivesse calma em seu relacionamento com Meghan em 2017. Depois do casamento, a relação teria ficado tão difícil que os dois não se falaram por semanas, afirma o autor.
Ajuda do tio Charles Spencer
William não conseguia entender como Harry poderia considerar se casar com menos de dois anos de namoro com Meghan, diz o livro. Mas, como o irmão não gostou de sua interferência, o duque de Cambridge foi em busca da ajuda de seu tio, Charles Spencer, irmão de Diana.
“Vez após vez, o irmão mais novo de Diana serviu como um padrinho honorário para ambos os meninos, desde os anos após a morte da mãe deles, e o tio deles concordou com William para ver o que eles poderiam fazer”, diz o texto. “O resultado da intervenção de Spencer foi uma explosão ainda mais amarga. Mais uma vez, Harry se negou a desacelerar".
O episódio, então, teria aumentado a irritação de Harry com o irmão.
“Ele não culpou o seu tio. Ele entendeu que o irmão de Diana deveria querer ajudar. Contudo, ele estava furioso com seu irmão mais velho por arrastar outros membros da família pra dentro dessa briga”, descreveu Lacey. De acordo com o autor, “a racha fraternal foi estabelecida. Haveria alguns remendos e reconciliações, especialmente quando era preciso uma demonstração pública de união. Mas aquela raiva e desconfiança, aquela distância, duram até os dias de hoje”.
Kate e Meghan nunca tiveram problemas
Ao contrário do que muitos tabloides sugerem, Lacey afirma na obra que Meghan e Kate nunca tiveram problemas no seu relacionamento.
“Meghan e Kate, na verdade, se deram muito bem desde o começo. Elas podem não ser melhores amigas, mas se encontraram uma na outra, irmãs outsiders na sua condição extraordinária na realeza, e ambas profissionais tranquilas, tratando-se com um respeito mútuo”, conta a obra.
“Cada uma delas era muito sagaz para tornar uma possível cunhada em uma inimiga – só fazia sentido se elas fossem amigas. O conflito fundamental estava entre os dois homens, que se conheciam a vida inteira e nunca hesitaram em contar um ao outro exatamente o que pensavam e sentiam”.