O consumo de peixes e frutos do mar não chega a ser um costume entre os gaúchos, mas o menu de Páscoa tem eles como estrela. O Mercado Público de Porto Alegre fica uma loucura! Existem peixes de todos os tipos e preços, é de ficar realmente perdida com tanta variedade.
O peixe é apontado como melhor opção na hora do consumo de proteínas. Mas atenção: para fazer um cardápio realmente saudável é preciso saber que peixe está no seu prato. Vamos aprender?
Propriedades e benefícios
Os peixes são fontes de proteínas e ricos em gorduras insaturadas, como o ômega-3, que pode auxiliar no controle da glicose (uma boa pedida para os diabéticos), e ainda é responsável direto pela produção de hormônios que controlam a contração e o relaxamento das paredes das nossas artérias.
Esses hormônios também atuam em processos metabólicos relacionados à coagulação e em alguns processos inflamatórios. O ômega 3 ajuda ainda na redução do risco de doenças cardiovasculares, na diminuição dos triglicerídeos e colesterol e até mesmo no controle da obesidade.
Mas afinal, qual peixe escolher?
As espécies que mais fornecem ômega 3 são a sardinha, o linguado, o namorado, a truta, o salmão e o atum. O bacalhau, que ganha bastante espaço nessa época, também pode ser uma ótima opção – rico em vitaminas B1 e D, sódio, magnésio, proteínas e ácidos graxos ômega-3 e ômega-6.
Se estiver buscando um peixe com poucas calorias, a tilápia é a queridinha – tem 96 calorias em 100 gramas.
E como prepará-lo?
Opte por receitas que utilizem o peixe assado ou grelhado. Fuja das frituras e preparações que levem muito azeite e creme de leite. Vegetais e legumes são bons acompanhamentos, podendo estar presentes na hora de assar ou grelhar o peixe ou em saladas.
Muitas receitas tradicionais podem ser feitas de maneira mais saudável, sabia? O bolinho de bacalhau pode ser feito no forno, evitando a fritura por imersão. Fique atenta a alternativas que façam da Páscoa em família um momento de união, celebração e propagação de bons hábitos alimentares.
Paula Mar Pinto tem 28 anos e é nutricionista clínica por formação, mas se considera uma "facilitadora de experiências saudáveis". Depois de muito brigar com a balança, resolveu se aliar a ela. É autora do projeto E Agora, Nutrinha?.