Sim, eu sou do tempo do filme 36 poses! (Arquivo pessoal) Leia mais colunas de Vanessa Musskopf
Revirando álbuns antigos aqui em casa foi engraçado perceber que aquelas fotos mostravam muito mais do que alguns bons momentos da minha vida. Elas revelavam também a relação que eu tinha com a comida.
Durante muito tempo não existia o "meio". Só os extremos. Ou eu estava fazendo dietas do tipo TALIBÃ ou eu estava atracada numa caixa de chocolate e só parava quando ela chegasse no fim. E, depois de lutar durante muito tempo contra meu corpo, eu cansei. Cansei de viver culpada. Cansei de viver para preencher as expectativas dos outros. Cansei de viver seguindo regras alimentares absurdas e que mudavam a toda hora: "Ovo pode fazer tão mal ao coração quanto cigarro, diz estudo." "Ovo não aumenta taxas de colesterol e ajuda a perder peso." "7 Motivos Para Se Evitar Frutas e Sucos No Emagrecimento." "Dieta das frutas – Emagreça 8 kg em 10 Dias."Quem consegue manter a sanidade diante de tanta informação contraditória?? Pois eu CANSEI! E me perguntei: o que existe no MEIO entre a restrição e a compulsão? E na busca pela resposta, eu percebi não precisava de outra dieta, de um milagre e muito menos teria que ser radical pra atingir o MEU equilíbrio.
Hoje, como o que quero. Mas eu também comia o que queria há uns três anos, quando atingi o auge do meu peso. Qual é a diferença então? Qual foi o milagre? O milagre foi entender que milagres não existem! Não existe fórmula mágica que sirva pra todo mundo quando o assunto é emagrecer. O que funcionou pra mim foi buscar um novo comportamento em relação à comida e com atividade física.
E coisas incríveis aconteceram desde que eu parei de fazer dietas malucas, passei a ouvir o meu corpo e venho tentado manter hábitos saudáveis diariamente. Uma delas foi que EU COMECEI A GOSTAR DO MEU CORPO. Não porque emagreci apenas. Claro que foi ótimo ter perdido 15kg e ter voltado a entrar nas minhas roupas tamanho 40. Mas – principalmente – porque passei a dar valor ao que eu podia FAZER ao invés de simplesmente do que eu podia PARECER.
Eu tenho 31 anos, muito mais celulites e estrias do que eu tinha há 10 anos atrás, meu braço "balança" quando eu abano e eu “sento e dobra”. Ou seja, gostar do meu corpo hoje não tem nada a ver com APARÊNCIA e sim com AUTOESTIMA. E esse sentimento eu devo MUITO a atividade física. Saber que consigo superar meus limites é a melhor sensação do mundo.
Eu não tenho barriga tanquinho e talvez nunca tenha... Mas tá tudo bem! O que importa pra mim hoje é que eu tenho muito mais qualidade de vida do que quando tinha meus 20 e poucos anos. E a diferença é que agora, o projeto verão que faço não dura só até a próxima estação... É pra vida toda!
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