A moda do próximo verão é múltipla, diversa, colorida e otimista. Depois de 18 meses desafiadores por causa da pandemia, a luz no fim do túnel é a direção apontada pelas marcas durante a temporada recém-apresentada no hemisfério norte. Resgatando o passado e refletindo o presente, a instabilidade resulta em coleções que são parte oração e parte resistência.
A esperança marca presença em aspectos como o aumento significativo de representações de corpos, idades e raças vistos nas passarelas; já a responsabilidade ambiental surge nas marcas se posicionando e colocando em prática princípios sustentáveis.
Destaque também para o pensamento coletivo, observado na collab das italianas Fendi e Versace e na homenagem à Alber Elbaz, estilista que nos deixou em abril deste ano e era conhecido pelo seu espírito criativo e coração gigante, que contou com 44 marcas.
Além disso, também aparecem nas passarelas o senso de humor, como observado na genial apresentação da Balenciaga com Os Simpsons; a visão global, latente no desfile simultâneo da Prada em Milão e Shangai, e a exuberância, exibida nos materiais e texturas que enriqueceram as composições. Confira.
Pegada nostálgica
A nostalgia continua, ainda mais com um futuro tão incerto. Prepare-se para um repeat dos 90s e seu bff anos 2000, com foco ainda no período y2k e seus excessos irreverentes. A ordem número um é baixar a cintura com shapes polêmicos propostos na Miu Miu, na Blumarine e na Dolce & Gabbana
Menos é mais
As saias curtíssimas, os cardigans e tops cropped não deixam mentir: as peças encolheram e celebram as formas, sejam elas quais forem.
Texturas
Apelo sensorial em alta na escolha de materiais, onde o crochê se destaca, remetendo ao clima handmade, que segue com tudo.
Modelos em couro
O couro também impera e sugere a ideia de força, traduzindo a necessidade de estrutura e armadura através das peças usadas. Por vezes compondo look completo e em outras contrapondo com opções coloridas e leves.
Clássico repaginado
Jeans à moda do freguês, que vai desde a leitura da virada do milênio, em corte baggy e tops curtinhos, como na Blumarine, até o clima setentista dos modelos desfilados na Saint Laurent. Sofisticação é aposta nos vestidos com fenda da Loewe.
Cores vibrantes
Otimismo na cartela de cores, que vai das vibrantes aos neutros. Aliás, parece rolar uma cromoterapia na escolha de monocromáticos clarinhos, em especial o branco total. Serenidade em forma de roupa.
Estampas e mais estampas
Estampas também se tornam ferramentas para comunicar o anseio por dias melhores: florais, abstratas, tanto faz, desde que em cores que exuberantes.
Volumes
Volumes estratégicos referenciam construções do século 18 e trazem um ar meio aristocrático, meio futurista, e certamente teatral, às produções.
Athleisure
As Olímpiadas passaram, mas athleisure ainda ocupa o pódio através de criações cheias de recortes estratégicos, assimetria e paleta de tons elétricos, iluminando composições. Destaque para a moda praia que invadiu as coleções.
Brilho
Falando em luz, os metalizados e brilhos sugerem o dress code ideal para quando as festas finalmente voltarem.
Acessórios
Protagonismo para os acessórios, seja nos shapes esculturais de saltos, saídos direto de uma apresentação de arte, aos modelos pesados que neutralizam o açúcar de produções permeadas por romance e leveza, até a onipresença das famigeradas sandálias do tipo gladiadora.
No quesito bijus, maximalismo é palavra-chave em brincos statement, anéis descombinados, chokers e os braceletes na parte superior do braço, com retorno triunfal direto dos 70s.