No 92º episódio do Foodcast, Diogo Carvalho e Lela Zaniol receberam o empreendedor Rafael Peccin no Studio Destemperados. Mesmo tendo nascido em Porto Alegre, Rafael passou toda a sua vida morando na Serra Gaúcha, onde usou a formação em turismo para abrir negócios na área, como empreendimentos hoteleiros da rede Casa Hotéis e restaurantes como o 1835.
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NA PAUTA
Gramado consolidado como o principal destino gastronômico do Brasil
Segundo dados da Prefeitura de Gramado, o turismo gera mais de R$ 1,5 bilhão anualmente para a economia local, o que significa cerca de 86% do PIB.
A influência de colonos alemães e italianos está presente na gastronomia, com os tradicionais cafés coloniais e galeterias. Outra marca registrada são os chocolates artesanais, que também transformaram a cidade na capital nacional do fondue.
A família Peccin faz parte dessa história há mais de 30 anos, como sócios de diversos restaurantes, fundadores do Casa Hotéis, que inclui o Casa da Montanha e o Wood, em Gramado, e o Parador, em Cambará do Sul, e entusiastas de diversos eventos responsáveis por movimentar o turismo de Gramado, como o Natal Luz.
Espumantes da serra gaúcha
Todo champanhe é um espumante, mas nem todo espumante é um champanhe. A grande diferença é que o champanhe é exclusivamente elaborado na região de Champagne, no norte da França. Além da questão geográfica, existe uma série de regras. Ele só pode ser feito com três uvas específicas: chardonnay, pinot noir e pinot meunier. Outra exigência é que a bebida deve ser, obrigatoriamente, feita pelo método champenoise, no qual a primeira fermentação ocorre no tanque e a segunda, na garrafa, demandando muito mais tempo e dedicação do que o método charmat, em que toda a produção é feita em tanques de aço inox.
Pelas normas exigidas, como condições do solo e do clima, teoricamente, não teríamos como elaborar champanhe no Brasil. Mas, em 1913, a Vinícola Peterlongo, de Garibaldi, começou a produzir um espumante dentro de todas as regras exigidas para ser chamado de champanhe e, isso ocorreu antes da legislação francesa, registrada em 1927. A vinícola gaúcha, então, entrou na Justiça para conseguir autorização e, em 1974, o Supremo Tribunal Federal a liberou para estampar em seus rótulos o nome “champanhe”, mesmo sendo produzido em terras brasileiras.
O champanhe precisa descansar e fazer a remuage, que é a virada das garrafas para que as leveduras se depositem no bico. Por isso, é um produto com um valor agregado maior. Um fator que deixa nítida a qualidade da bebida é a perlage ou borbulha. Quanto mais resistentes e abundantes elas forem, maior foi o cuidado durante o processo de produção. Além disso, ao contrário da água com gás, que contém bolhas maiores e mais grosseiras, no espumante devem ser pequenas e finas.
SOBRE O FOODCAST
O Foodcast é o podcast produzido pela equipe do Destemperados. De forma descontraída, compartilhamos curiosidades sobre os temas acima. Esperamos que vocês se divirtam!
Os episódios são gravados no Studio Destemperados, o espaço de produção de conteúdo da plataforma, em Porto Alegre. A iniciativa tem o patrocínio máster do Santander, banco que mantém amplo incentivo à gastronomia, uma cadeia produtiva repleta de empreendedores que geram empregos, renda e promovem uma cultura genuinamente brasileira.
A ideia é que o Studio seja o cenário de toda a criação de conteúdo que o público já conhece: receitas, entrevistas, vídeos, fotos, gravações do Foodcast e do Destemperados FM.