Lembro sempre das manhãs de 25 de dezembro como o momento em que, ainda com a sala completamente bagunçada, eu revia os brinquedos que havia ganho e revisitava todos os itens da ceia de Natal, um a um. Não sei se porque, passada uma noite, os alimentos, agora dormidos, absorviam maior intensidade de gosto ou se, por já ter passado a ansiedade da véspera de Natal, eu conseguia aproveitar melhor a fina fatia da ave que havia sido servida e os pedaços de panetone partidos com a mão. O fato é que gosto de pensar na ceia fria da manhã do dia 25 como um importante ato (ato mesmo, no sentido teatral) do Natal.
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