Junho marca o início da estação mais fria do ano e traz as festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro. Com o distanciamento social, que nos impede de participar de grandes comemorações, as comilanças feitas em casa terão papel fundamental na data. Bolo de milho, pinhão, amendoim, pipoca e, sem dúvida, o nosso amado quentão fazem parte do cardápio.
Mal começa a esfriar e meu pai já coloca uma panela no fogão à lenha, na qual sempre tem quentão para nos aquecermos assim que chegamos em casa depois de um dia frio e úmido, típico do inverno gaúcho. Vinho, especiarias e um pouco de açúcar. Enquanto fica fervendo, perfuma a casa inteira.
HISTÓRIA DA BEBIDA
A origem do quentão não é bem definida, mas, ao que tudo indica, foi no interior de Minas Gerais que a mistura de pinga, gengibre e especiarias surgiu como uma forma de espantar o frio. Ao longo do tempo, passou por diversas modificações até chegarmos ao que temos hoje: feita com vinho e alguns incrementos, como laranja e maçã.
QUAL VINHO ESCOLHER?
As variedades de uvas americanas como bordô, isabel e concord são as mais indicadas para preparar o quentão, pois apresentam baixa acidez e pouco tanino. Além do aroma ser o mais tradicional da fruta, os vinhos têm menor teor alcoólico, já que muitas vezes esse álcool acaba evaporando em grande parte na hora do preparo.
COMO PREPARAR EM CASA
É bem fácil, basta estar munido de todos os ingredientes necessários e partir para a cozinha.
- 1 garrafa de vinho americano seco
- ½ xícara de açúcar
- Cravo, canela e anis estrelado a gosto
- Em uma panela alta, deixe os ingredientes ferverem em fogo baixo, com a tampa semiaberta.
- Quando levantar a fervura, com cuidado risque um fósforo para queimar o álcool e dar o aroma de caramelo queimado.
- Sirva em seguida, ainda quente.