Após a morte de Cid Moreira na última quinta-feira (3), em decorrência de pneumonia e falência múltipla de órgãos, os filhos dele solicitaram a abertura do inventário do comunicador. Porém, os dois foram deserdados pelo pai, de acordo com Davi de Souza Saldaño, advogado da viúva, Fátima Sampaio Moreira.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, o pedido foi feito algumas horas após o óbito de Moreira. O apresentador e locutor havia rompido com Roger e Rodrigo havia dois anos. No documento para abrir o inventário, eles relembram os danos psicológicos causados pelo segundo casamento do pai.
O advogado estima a fortuna de Moreira em R$ 60 milhões, sendo R$ 40 milhões em imóveis e R$ 20 milhões em contratos envolvendo direitos autorais.
Saldaño afirmou que a atitude dos filhos "demonstra, de forma indisfarçável, que eles nunca tiveram interessados em outra coisa senão o patrimônio do pai". E salientou que Moreira manifestou publicamente a vontade de deserdar os dois filhos:
— Todo ano ele refazia o testamento acompanhado de diversos laudos médicos comprovando sua capacidade civil.
Processos judiciais
Em 2021, Rodrigo e Roger solicitaram judicialmente a interdição do pai, alegando que Fátima, parceira de Moreira desde 2000, usufruía do patrimônio dele indevidamente. Segundo eles, o comunicador estava senil. No pedido, eles acusaram a madrasta de manter o pai em cárcere privado e mandar dinheiro de venda de imóveis para o Exterior. O processo foi arquivado.
Além disso, no início deste ano, Roger foi a público acusar Moreira de abuso sexual na adolescência. Na época, a equipe jurídica do ex-apresentador do Jornal Nacional se manifestou, afirmando que "não é a primeira vez que Roger acusa Cid de maneira absurda e difamatória". E questionou "Como alguém que queria a guarda do pai para cuidar e 'dar amor' agora pede a prisão do mesmo?". Por fim, o texto afirmava que todas as denúncias movidas por Roger eram "mentiras que visam claros interesses financeiros".