Os fãs de true crime ganharam mais uma produção para maratonar. Na última quinta-feira (19), a Netflix lançou a minissérie Monstros – Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, com nove episódios. Dos mesmos criadores de Dahmer: Um Canibal Americano, a trama explica como dois irmãos ricos e considerados promissores estão cumprindo pena de prisão perpétua por matarem os próprios pais, em 1989.
Baseado na história real da família Menendez, a produção mostra o que levou a dupla a cometer o crime, após, supostamente, sofrerem abuso sexual por parte do pai, enquanto a mãe teria sido omissa. Os dois foram condenados nos julgamentos que participaram, em 1993 e 1995.
Entenda a história dos irmãos Menendez
José Enrique Menendez, pai de Joseph Lyle e Erik Galen, nasceu em Cuba nos anos 1940 e se mudou para os Estados Unidos após a revolução comandada por Fidel Castro. Enquanto cursava a universidade, conheceu a futura esposa, Mary Louise "Katty" Andersen.
Os filhos, nascidos em 1968 e 1970, respectivamente, foram criados para serem campeões de tênis. José e Mary eram conhecidos por criarem um ambiente rígido e duro para a família. Ainda na infância, Lyle teria confidenciado a uma prima que a dupla sofria abusos sexuais, segundo as investigações.
Quando Menendez se tornou um empresário de sucesso do ramo do entretenimento, a família se mudou para a luxuosa Beverly Hills, em Los Angeles. Os abusos, conforme os depoimentos, teriam continuado.
Lyle e Erik decidiram comprar espingardas e atirar várias vezes nos pais, em agosto de 1989. De início, a polícia não considerou os irmãos como possíveis culpados. No entanto, a dupla passou a chamar atenção por conta de alguns comportamentos, como gastos excessivos em acessórios de luxo e imóveis.
Julgamento e prisão
As provas necessárias para condenar os irmãos Menendez foram obtidas a partir da quebra do sigilo profissional do psiquiatra que atendia os dois. Lyle e Erick foram presos em março de 1990.
Na defesa dos réus, afirmaram que agiram daquela maneira porque temiam as próprias vidas e não queriam seguir como vítimas de abuso sexual. Mesmo assim, a justiça americana os condenou à prisão perpétua, sem direito de liberdade condicional.
Depois de 22 anos separados, os irmãos se reuniram em 2018, quando Lyle foi transferido para a mesma prisão de Erik.