Dois meses após o corpo de Jeff Machado ser encontrado, a Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu no domingo (23) o inquérito que apurava a morte do ator. No documento enviado à Justiça, três suspeitos foram indiciados pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
Jeff Machado tinha 44 anos e estava desaparecido desde janeiro. No dia 22 de maio, o corpo do ator foi encontrado amarrado dentro de um baú de madeira, que foi enterrado e concretado a dois metros de profundidade em um terreno em Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense.
Principal suspeito ao longo de toda a investigação, Bruno de Souza Rodrigues recebeu oito condenações. Ele se passava por amigo da vítima e havia prometido conseguir um papel para Machado em uma novela.
Sem perceber que estava sendo enganado, o ator entregou ao criminoso cerca de R$ 25 mil. Quando percebeu que não conseguiria mais manter a farsa, Rodrigues decidiu matá-lo.
Dessa forma, a investigação concluiu que Jeff Machado foi morto por motivo fútil. A denominação é utilizada para apontar casos em que a causa é desproporcional ao crime.
Segundo a delegada Elen Souto explicou ao portal g1, Bruno de Souza Rodrigues foi considerado o mentor do crime. Ele já está preso e foi indiciado pelos seguintes crimes: homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver; estelionato tentado (por tentar vender o veículo e residência de Jefferson Machado); estelionato consumado (por conseguir extrair da vítima R$ 25 mil após enganá-la prometendo vaga em uma novela); falsa identidade; invasão de computador/redes sociais; furto e maus-tratos de animais.
Já Jeander Vinícius da Silva Braga, que confessou ter participado da ocultação do cadáver, foi indiciado por três crimes: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e maus-tratos aos animais.
Terceiro indiciado
Jeff Machado possuía oito cães de raça que eram chipados. Após seu desaparecimento, os animais foram encontrados em situação de abandono em diferentes bairros da zona oeste do Rio de Janeiro.
A investigação concluiu que os cães foram dopados e levados para um centro espírita, localizado no bairro dos Palmares, em Santa Cruz. No local, teriam sido submetidos a tratamentos cruéis.
Assim, Jorge Augusto Barbosa Pereira, dono do espaço, foi indiciado por maus-tratos aos animais. Ele está em liberdade.