A exibição de um comercial estrelado pelo ator de Sex And The City, Chris Noth, foi suspensa nos Estados Unidos após o artista ser acusado de assédio sexual por duas mulheres. Responsável pelo conteúdo publicitário, a empresa Peloton, especializada em equipamentos para exercícios, informou ao The Hollywood Reporter que não tinha conhecimento das acusações quando fez o comercial.
"Toda acusação de agressão sexual deve ser levada a sério. Não tínhamos conhecimento dessas alegações. À medida que buscamos mais elementos sobre isso, paramos de promover este vídeo e arquivamos as postagens nas redes sociais relacionadas a ele", informou a empresa.
A propaganda viralizou durante a semana ao mostrar Chris disposto a treinar em uma bicicleta ergométrica, enquanto o ator Ryan Reynolds narrava o vídeo exaltando os benefícios do exercício para a saúde. Trata-se de uma brincadeira, já que o personagem de Noth na série, Mr. Big, morre após exercitar-se em um equipamento da Peloton.
Acusações
Na quinta-feira (16), o site expôs os relatos de duas mulheres que afirmaram terem sido vítimas de Noth em 2004 e 2015. Uma delas é Lily, jornalista de 31 anos, que afirmou que assistir ao revival da série — And Just Like That, lançado recentemente e exibido no Brasil pela HBO Max — fez com que ela revivesse o acontecido.
— Por tantos anos eu escondi essa história, então, agora decidi tornar público o que ele é — contou.
A outra vítima, identificada como Zoe, 40 anos, afirmou ter sido assediada aos 22 anos. O caso teria ocorrido dentro da empresa para a qual ela recém havia sido contratada, e com quem o ator tinha negócios.
— Ele passava pela minha mesa e flertava comigo. De alguma forma, conseguiu meu número de telefone e deixava mensagens. Minha chefe reagia assim: "Mr. Big está deixando mensagens na sua caixa postal" — lembrou.
Em nota, o ator negou as acusações.
"As acusações contra mim, feitas por pessoas que conheci há anos, inclusive décadas, são categoricamente falsas. Estas histórias poderiam ter sido de quase 30 anos ou 30 dias atrás. 'Não' sempre significa 'não', e essa é uma linha que não ultrapassei".