Na última semana, mostramos quais são séries com melhor avaliação pelo público e crítica neste ano. Agora, chegou a hora de ver os destaques da outra ponta do ranking: quais as piores produções de 2020 até aqui?
Algumas, como o reality Brincando com o Fogo, tiveram muita popularidade, ao melhor estilo "tão ruim, que é bom"; outras, como a esperada Space Force, com Steve Carell, foram marcadas pela decepção do público.
Mais uma vez, o levantamento levou em conta a aprovação alcançada pelos lançamentos do primeiro semestre em sites especializados. A partir das notas gerais dos críticos no Metacritic e no Rotten Tomatoes, assim como do público geral no IMDb, calculamos uma média para cada série.
Confira a seguir quais foram os 10 destaques negativos do ano, conforme a média alcançada pelas produções, e onde conferir as atrações — deixamos na lista apenas produções que já estrearam no Brasil.
10. Spinning Out (61,00)
Série melodramática sobre uma patinadora no gelo em ascensão impedida de seguir seus sonhos após uma acidente desastroso. Traumatizada, ela ainda precisa lidar com uma mãe bipolar dentro de casa. Embora a busca da protagonista por equilíbrio tenha conquistado alguns fãs (a série recebeu um 7,7 da audiência no IMDb, onde a escala é de 0 a 10), a situação foi diferente com os críticos. No Metacritic, a pontuação foi de míseros 47 pontos (de 0 a 100); e, no Rotten Tomatoes, o Tomatometer parou nos 59% de aprovação. Disponível na Netflix.
9. "White Lines" (61,00)
Nem as paisagens de Ibiza salvaram White Lines, criada por Álex Pina, que alcançou a fama com La Casa de Papel. Com 10 episódios, a primeira temporada é centrada em Zoe Walker, que vai até a ilha investigar o desaparecimento de seu irmão. Ele sumiu ainda nos anos 1990, depois de ir para o local para tentar seguir carreira como DJ. Considerada pela maior parte dos críticos mediana, a produção alcançou apenas 64% de aprovação no Rotten Tomatoes; 54 pontos no Metacritic; e uma nota 6,6 dada pelo público no IMDb. Disponível na Netflix.
8. "The Politician": segunda temporada (59,47)
Sátira política sobre um adolescente que sonha em ser presidente dos Estados Unidos, a série de Ryan Murphy até foi popular entre o público geral (os episódios do segundo ano tiveram uma média de 8,3 no IMDb). Ainda assim, The Politician não caiu nas graças dos críticos: no Tomatometer, sua aprovação ficou nos 40% e ela foi descrita como "superficial e confusa, mas não de uma forma engraçada"; no Metacritic, a nota foi 46. Assim, a média não chegou aos 60%. Para quem quiser tirar a prova, os episódios estão na Netflix.
7. "AJ and the Queen" (57,67)
Cancelada após a primeira temporada, a série de RuPaul não emplacou. Mesmo com uma aprovação considerável do público (com a nota 7,5 no IMBb), recebeu críticas duras da audiência especializada, com 46 pontos no Metacritic e 52 no Rotten. A trama, disponível na Netflix, é centrada em Robert Lee (RuPaul), que nos palcos se transforma em Ruby Red. Após levar um golpe do namorado, Ruby parte em uma jornada pelos EUA, em um trailer, ao lado de AJ (Izzy G.), de 11 anos.
6. "Messiah" (56,00)
Quem também não agradou muito foi o novo profeta em Messiah. Na primeira temporada, disponível na Netflix, um homem misterioso proclama ser Jesus e passa a realizar pequenos milagres, angariando seguidores por todo mundo. Seu surgimento no Oriente Médio, no entanto, gera muita desconfiança, levando a CIA a investigá-lo. Com alguma aprovação no IMDb (7,6), a produção recebeu a mesma desaprovação no Tomatometer e Metacritic, com uma nota 46. "Uma premissa promissora e um elenco soberbo não podem salvar o Messiah de sua própria narrativa sem graça", sentenciaram os críticos do Rotten Tomatoes.
5. "Space Force" (51,67)
Era de se esperar que os criadores de The Office soubessem fazer uma série engraçada, ainda mais reunindo um elenco de peso, com nomes como Steve Carell, John Malkovich, Lisa Kudrow e Fred Willard (em seu último papel). Ainda assim, Space Force nunca decolou. Sátira sobre os planos de Donald Trump para o espaço, a produção foi recebida friamente pelo público (6,8 no IMDb) e pela crítica (49 no Metacritic). No Rotten Tomatoes, chegou ao miserável patamar de 38% de aprovação dos críticos. Disponível na Netflix.
4. "Amazing Stories" (51,00)
Falando em nomes de peso, Steven Spielberg assinou os cinco episódios de Amazing Stories, da Apple TV+. Mas a série não chegou perto dos clássicos do premiado diretor de Tubarão e Jurassic Park. Uma nova versão da série homônima, exibida originalmente na década de 1980, a produção é uma antologia de ficção científica embalada pela nostalgia. A fórmula, no entanto, não rendeu, e o seriado teve pontuações medianas em todas as esferas: 50 pontos no Metacritic; 41% de aprovação no Rotten Tomatoes; e 6,2 no IMDb.
3. "Lincoln Rhyme: Hunt for the Bone Collector" (50,33)
Exibida em maio pelo canal por assinatura AXN, a série de Lincoln Rhyme acompanha as aventuras do personagem de mesmo nome, um ex-policial conhecido por seu talento com a medicina forense. Após um acidente o afastar de sua vocação, a oficial Amelia Sachs continua buscando seus conselhos para capturar um perigoso assassino conhecido como "Colecionador de Ossos". Inspirado pela obra de Jeffery Deaver, a adaptação não agradou: foram apenas 46 pontos no Metacritic; 36% de aprovação do Rotten Tomatoes; e 6,9 da audiência no IMDb. Em junho, a produção foi cancelada.
2. "Brincando com Fogo" (41,67)
Um reality show de relacionamentos, mas em que qualquer contato físico será severamente punido. Eis a premissa de Brincando com Fogo, série da Netflix que uniu jovens atraentes de diversos países em um resort luxuoso, onde eles precisavam aprender a desenvolver seu lado afetivo além dos prazeres carnais (que eram severamente punidos). As regras confusas e dinâmicas pastelonas da produção garantiram apenas 43 pontos no Metacritic e uma nota 4,5 do público no IMDb. No Rotten Tomatoes, a aprovação foi de 37%: "a premissa suculenta esfria rapidamente para revelar um programa que é puxado em muitas direções para satisfazer". Ainda assim, uma continuação brasileira é esperada.
1. "Goop Lab com Gwyneth Paltrow" (31,33)
Não houve margens de dúvida para a pior série de 2020 até aqui: Goop Lab com Gwyneth Paltrow mantém a menor aprovação em todos os sites pesquisados. Disponível na Netflix, segundo a própria descrição da companhia, trata-se de uma série documental sobre a exploração de "drogas psicodélicas, manipulação de energias, mediunidade e outras terapias alternativas (e polêmicas)" pela equipe da Goop (marca de Paltrow para produtos de "bem estar"). Acusada de promover desinformação, a produção recebeu 40 pontos no Metacritic, uma nota 2,4 da audiência no IMDb e apenas 30% de aprovação no Rotten Tomatoes. "É mais entendiante do que esclarecedora", julgaram os críticos.