Episódios de preconceito racial e religioso no Big Brother Brasil 19 devem ser apurados pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Rio. De acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (11) pela coluna da jornalista Patricia Kogut, do Globo, as investigações estão sob sigilo.
Os casos teriam relação com falas dos participantes Maycon e Paula. Na semana passada, a bacharel em direito fez demonstrações de intolerância religiosa ao comentar crenças do participante Rodrigo, que é negro e demonstra afinidade com religiões de matriz africana.
— Eu tenho muito medo do Rodrigo. Ele mexe com esses trecos aí (...) Ele fala o tempo todo desse negócio de Oxum. Eu tenho medo disso. Nosso Deus é maior — falou a participante.
A manifestação de Paula provocou uma série de críticas nas redes sociais, que já estavam atentas às opiniões da sister por conta de suas declarações consideradas racistas.
No domingo (10), as críticas ao reality aumentaram depois que Maycon manifestou o mesmo receio de Paula em relação às crenças dos participantes em religiões de matriz africana. Ao ver Gabriela e Rodrigo dançando juntos, Maycon falou que sentiu um arrepio e sugeriu ter ouvido orientações espirituais para não seguir o exemplo:
— Começaram a tocar umas músicas esquisitas. Olhei para os dois e eles estavam em um sincronismo legal. Achei legal, juro por Deus, mas aí, de repente, comecei a olhar e comecei a escutar uns negócios: "Não faça igual a eles.
Procurada por GaúchaZH, a assessoria de imprensa da Globo não se manifestou.