Já que séries baseadas em crimes reais fazem tanto sucesso na televisão e nas plataformas de streaming, GaúchaZH resolveu pedir a ajuda de repórteres do Grupo de Investigação da RBS (GDI) para listar casos gaúchos que poderiam render bons roteiros.
Confira os três casos policiais ocorridos no Estado indicados por eles:
Caso da Rua do Arvoredo (1864)
José Ramos e sua mulher, Catarina Palsen, mataram várias pessoas em sua casa, na Rua do Arvoredo, atual Fernando Machado, na Capital. Reza a lenda que vendiam os corpos para o açougueiro Carlos Klaussner fazer linguiça. O caso nunca foi devidamente esclarecido.
Caso Kliemann (1962)
Em uma noite, o deputado Euclides Kliemann chegou em casa, na Capital, e encontrou sua mulher, Margit, morta ao pé da escada. Um ano depois, em Santa Cruz do Sul, Kliemann foi morto a tiro, dentro do estúdio de uma rádio, por um vereador que o acusava de ter matado a mulher – o assassinato de Margit não foi solucionado.
Caso Daudt (1988)
O deputado e radialista José Antonio Daudt foi morto com dois disparos de espingarda na Rua Quintino Bocaiúva, na Capital . Outro deputado, o médico Antônio Carlos Dexheimer Pereira foi acusado pelo crime, que teria motivação passional. Dexheimer acabou absolvido pela justiça, mas o caso deixou pontas soltas que ainda hoje despertam controvérsias.
Maníaco do Cassino (1999)
Os banhistas que desejavam passar horas de lazer na Praia do Cassino, em Rio Grande, em 1999, precisavam ter cuidado com Paulo Sérgio Guimaraes da Silva. O pescador, que ficou conhecido como Titica, passou três meses daquele ano aterrorizando pessoas, principalmente os casais, que eram seu alvo preferido. Ele mirava e dava tiros nas vítimas. Matou sete pessoas; algumas, apenas torturava. Uma jovem, porém, conseguiu sobreviver e identificar o serial killer.
Caso Adriano da Silva (2003)
A região de Passo Fundo ficou em perigo entre 2002 e 2004, principalmente as crianças. Adriano da Silva , o "serial killer de Passo Fundo", foi sentenciado pela morte de nove meninos na região norte do estado. Dos nove assassinatos, seis ocorreram em Passo Fundo e outros três em Sananduva, Soledade e Lagoa Vermelha. O criminoso tinha o costume de asfixiar as vítimas até a morte e depois ocultar o corpo. Para atrair os menores, oferecia dinheiro ou algum trabalho em lugar ermo, como um moinho desativado ou uma fazenda. Normalmente escolhia vítimas de origem humilde. Ele está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Até o momento já cumpriu 15 anos de prisão.