Demitido após ter sido associado ao nazismo, o ex-secretário da Cultura do governo Bolsonaro Roberto Alvim compartilhou uma mensagem em grupos de WhatsApp na qual diz desconfiar de uma "ação satânica" por trás de sua demissão.
O dramaturgo e diretor de teatro foi exonerado pelo presidente na sexta (17). Na quinta, ele havia publicado o vídeo, no qual fez uso de trechos de um discurso de Joseph Goebbles, ministro da propaganda de Hitler na Alemanha nazista.
"Eu, Roberto Alvim, afirmo a quem interessar possa: eu escrevi o texto do meu discurso no vídeo, a partir de várias fontes e ideias, que me chegaram de muitos lugares", diz o dramaturgo na mensagem, que foi compartilhada pelo diretor de cinema Josias Teófilo em sua página no Facebook.
"Afirmo que não sabia que aquela frase tinha uma origem nazista, porque a frase em si não tinha nenhum traço de nazismo, por isso não percebi nada errado ali", prossegue. "Errei terrivelmente ao não pesquisar com cuidado a origem e as associações de algumas frases e ideias".
No fim do texto, Alvim afirma que está orando sem parar. "Começo a desconfiar não de uma ação humana, mas de uma ação satânica em toda essa horrível história".
Com sua demissão, ficou aberta a vaga na Cultura. O governo convidou Regina Duarte para a cadeira e espera uma resposta da atriz ainda na tarde desta segunda-feira (20).