A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu de uma decisão da Justiça Federal da semana passada suspendendo a nomeação de Sérgio Camargo para a presidência da Fundação Cultural Palmares. O recurso foi apresentado na última sexta-feira (6) ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5).
A suspensão de Camargo foi determinada após o juiz Emanuel Guerra, da 18ª Vara Federal do Ceará, acatar um pedido de uma ação popular. Em redes sociais, Camargo fez declarações consideradas racistas, o que provocou polêmica com movimentos em defesa dos negros.
A liminar que determinou a suspensão de sua nomeação cita trechos de suas publicações nas redes e seguiu protestos realizados na sede da fundação. Em seu perfil no Facebook, Camargo se define como "Negro de direita, contrário ao vitimismo e ao politicamente correto".
Ele já afirmou, em sua conta, que o Brasil tem "racismo nutella" e que "racismo real existe nos EUA". Camargo, que usa a rede social com frequência, também escreveu que a escravidão foi terrível, "mas benéfica para os descendentes".