O quarto dia de Rock in Rio foi de rock pesado e, principalmente, de nostalgia. No Palco Mundo, System of a Down e CPM 22 tocaram sucessos de 10 anos atrás - que fizeram a galera que era adolescente no início dos anos 2000 pular muito. Já o Hollywood Vampires foi nostálgico de outra forma: tocou covers clássicos com uma banda lotada de estrelas. O ponto fora da curva foi o Queens of the Stone Age, que tocou hits antigos e composições novas, sempre com a mesma força - fizeram o melhor show da noite.
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Confira, em tópicos, o que rolou na quarta noite de Rock in Rio:
1. Queens of the Stone Age faz o melhor show da noite
A noite era de lembranças. Mas o Queens of the Stone Age não foi avisado.
Liderados por um Josh Homme sério, de poucas palavras, mas cantando mais do que nunca, os norte-americanos mesclaram sucessos de discos antigos - como Little Sister e Feel Good Hit of the Summer - com composições de ...Like Clockwork, lançado em 2013. Como costuma ser, a apresentação foi pesada, musicalmente quase perfeita, com os alto-falantes no talo e com o público pulando sem parar. A diferença é que dessa vez Homme quase não falou: deu oi, tchau e foi mais ou menos isso. Talvez seja a característica de uma banda no auge - em comparação com as outras da noite, que não lançam nada de novo há pelo menos cinco anos - que prefere tocar a falar. Showzaço.
2. System of a Down e CPM 22: memórias, memórias, memórias...
Não são poucas as semelhanças entre os armênios do System of a Down e os paulistas do CPM 22: as duas bandas já têm mais de 20 anos, ambas não lançam nada de novo há bastante tempo e as duas foram muito importantes para quem era adolescente em meados de 2000.
Não à toa, tanto o show dos armênios quanto o dos paulistas foi nostálgico de cabo a rabo. O CPM 22 abriu a noite com um show que praticamente só músicas dos primeiros discos, como Regina Let's Go (que abriu a noite), Desconfio e Um Minuto para o Fim do Mundo. Em diversos momentos, o vocalista Badauí não consegui esconder a emoção de tocar no festival. Já o show do SOAD foi um dos mais celebrados da noite, com celulares filmando em polvorosa, fãs cantando todas as músicas a plenos pulmões e um Serj Tankian empolgado.
3. Cidade do Rock virou passarela para estrelas do rock
Uma das apresentações mais interessantes de todo o festival, o Hollywood Vampires juntou estrelas de diversas épocas e diversas bandas do rock 'n' roll mundial. No vocal, Alice Cooper, o lendário maquiado dos anos 1970. Na guitarra, Joe Perry, músico da histórica Aerosmith. No baixo e na bateria, Duff McKagan e Matt Sorum, ambos ex-Guns n' Roses. E, na outra guitarra, o ator Johnny Depp, que foi alvo de gritos agudíssimos da plateia durante toda a apresentação.
No repertório, clássicos do rock como My Generation, Whole Lotta Love (que teve participação especial da vocalista do Halestorm) e School's Out (do próprio Cooper). Durante a apresentação, Zak Starkey (filho de Ringo Starr e substituto de Keith Moon na bateria do The Who) e Andreas Kisser também subiram ao palco para fazer participações em músicas. Um desfile de estrelas que foi muito bem recebido pelo público, como não poderia deixar de ser.
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