A disputa jurídica que envolve o filho do cantor Chorão, Alexandre Lima Abrão, e os músicos Marcão Britto e Thiago Castanho, que integraram a banda Charlie Brown Jr, ganhou novo desdobramento. A defesa dos músicos acusa o herdeiro do cantor de falsificar assinatura em contrato com a empresa Peanuts Wordlwide, que detém os direitos da marca Charlie Brown. As informações são do Splash Uol.
Segundo os artistas, o documento contestado é um "Acordo de Coexistência de Marcas", no qual a empresa norte-americana teria concordado em compartilhar gratuitamente o uso do nome Charlie Brown no Brasil para a empresa Green Goes, criada em 2005 por Chorão, e que hoje está no nome do filho, Alexandre.
"Ao que tudo indica, eles (Alexandre e seus representantes) forjaram um suposto 'Acordo de Coexistência de Marcas', o que, em tese, configura os crimes de falsificação de documento particular e/ou de falsidade ideológica", afirmou Jorge Roque, advogado dos músicos, ao portal de notícias.
Não é a primeira vez que o legado de Chorão é alvo de disputas judiciais. Em janeiro, a viúva do artista, Graziela Gonçalves, veio a público pedir que seus direitos autorais sejam respeitados.
Ela processou judicialmente o filho do cantor, que fechou cerca de 20 contratos com empresas sem prestar contas a ela. Graziela detém 45% dos direitos autorais, e o enteado 55%.
Em 2021, o filho do cantor anunciou uma turnê comemorativa de 30 anos da banda com Thiago Castanho e Marcão Britto. Porém, meses depois, os músicos divulgaram uma nota anunciando a saída do projeto, alegando falta de coerência dos administradores da tour.
O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) indeferiu os pedidos da banda de registro do nome por anos. Somente em 2022, quase 10 anos após a morte de Chorão, o órgão reformou a decisão e deferiu o registro da marca Charlie Brown Jr. para Alexandre e para a empresa Green Goes. Desde então, a marca pertence ao herdeiro do cantor.