A viúva e o filho de Chorão estão brigando na Justiça pela marca Charlie Brown Jr. Conforme informações publicadas pelo g1 nesta quinta-feira (25), Graziela Gonçalves afirma que Alexandre Lima Abrão ignorou os direitos dela como herdeira ao registrar sozinho a marca da banda no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Ele afirma que Graziela "agiu de má fé".
Graziela e Chorão tiveram um relacionamento por quase 20 anos. Ela detém 45% dos direitos de imagens e produtos, incluindo marcas, referentes à banda e ao cantor, que morreu em 2013. Já Alexandre tem 55% desses direitos após acordo judicial pelo inventário do artista.
O advogado de Graziela, Maurício Guimarães Cury, diz que a cliente tentou resolver o assunto de forma amigável quando tomou conhecimento de que Alexandre registrou a marca no INPI. Entretanto, ele teria se negado a fazer a transferência dos direitos.
No processo, o advogado que representa o filho de Chorão, Reginaldo Ferreira Lima, alega que Graziela distorceu os fatos e "agiu de má fé".
Em 2021, o filho de Chorão também se envolveu em polêmicas quando os guitarristas Thiago Castanho e Marco Britto, o Marcão, anunciaram que não iriam integrar mais a turnê comemorativa dedicada a Chorão e Champignon. Em comunicado nas redes sociais, os dois músicos alegaram falta de coerência dos administradores da Tour Chorão 50.
Na época, eles disseram que não concordavam com "atitudes imaturas e irresponsáveis de quem diz estar à frente do negócio, o mesmo que provoca e debocha de pessoas e importantes veículos de comunicação". As afirmações seriam direcionadas a Alexandre Abrão, que comandava o projeto.
Chorão foi encontrado morto em seu apartamento de São Paulo em março de 2013. Um exame do Instituto Médico Legal (IML) apontou que o vocalista teve uma overdose de cocaína.