Morreu, na noite desta sexta-feira (4), o cantor gaúcho Ivonir Machado, aos 63 anos. Ex-integrante da banda de música tradicionalista Garotos de Ouro e do grupo Novos Garotos, ele era conhecido como "Rei da Vanera". Parou de cantar em 2018, quando foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) que lhe deixou sequelas.
O velório acontece no Centro de Atendimento à Terceira Idade de São José, município na região metropolitana de Florianópolis, entre as 8h e 15h deste sábado (5).
Natural de Cruz Alta, no noroeste do Estado, Ivonir Machado ficou conhecido na banda Garotos de Ouro, que ajudou a fundar em 1976 ao lado do irmão Airton, falecido em 2021 em um acidente de trânsito. O grupo foi responsável por liderar novas gerações da música tradicionalista gaúcha. Em 2004, mudou-se com a família para Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde seguiu carreira solo.
Sua voz ficou conhecida com as músicas Não Chora China Velha, quando ainda cantava com os Garotos de Ouro, além de Rei da Zona, Essa Paixão Virou Chiclete, Mesa de Bar, Tentativas em Vão.
Segundo a ex-esposa Elisiane Oliveira Corrêa, 50 anos, Ivonir tinha uma agenda cheia de shows quando sofreu um AVC em janeiro de 2018. Aos 57 anos, viu-se obrigado a parar de cantar.
— Desde então, ele ficou acamado, sem falar, porque o AVC foi forte e todo o lado direito dele paralisou, afetando a fala. Ele sempre foi muito bem cuidado ao longo desses anos, tinha enfermeira, fonoaudióloga, terapia, tudo. Ele estava completamente lúcido — conta Elisiane.
Passou a viver em uma casa de repouso no município catarinense de Santo Amaro da Imperatriz para receber os cuidados necessários. Na semana passada, teve uma pneumonia e precisou ser internado em hospital da cidade de São José, onde veio a falecer.
Conhecido como "Rei da Vanera" pelo estilo de música tradicionalista mais animado, Ivonir era tido como um homem amigável.
— Ele era maravilhoso. O Ivonir tinha um coração do tamanho do Rio Grande do Sul, para não falar do tamanho do mundo. Ele revolucionou a música gaúcha. Alguém sempre tem uma história boa para contar sobre o Ivonir. A gente vai em um baile, e não conseguimos ficar sem ouvir falar dele — diz Elisiane.
E ele não só gostava do apelido de Rei da Vanera como pedia para ser chamado de algo mais:
— Rei da Vanera e Rei da Zona. Ele adorava que falavam que ele era o Rei da Zona — relata a ex-parceira.
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