O trombonista carioca Raul de Souza, considerado um dos maiores do mundo, morreu neste domingo (13) aos 86 anos, na França, em decorrência de um câncer na garganta. A informação foi confirmada pela família do músico, por meio de redes sociais. "O nosso herói brasileiro partiu para eternidade, deixando pra todos seu maior legado, sua música. Agradecemos imensamente o apoio que todos vocês sempre manifestaram", diz o comunicado.
A morte de Souza foi lamentada nas redes sociais por João Bosco, que escreveu: "Meus sentimentos e solidariedade à família". Marcos Valle também se manifestou: "Meus respeitos à Música que Raul de Souza sempre criou, e meus sentimentos à família e amigos. Que Deus o tenha".
Raul de Souza é conhecido por ter criado o "Souzabone", um modelo de trombone elétrico com quatro varas, desenvolvido a partir do tradicional de três varas.
O nome artístico de Raul, registrado no cartório como João José Pereira de Souza, foi uma sugestão de Ary Barroso. Nascido no Rio de Janeiro, em 1934, e começou a tocar ainda na adolescência. Ele teve o seu primeiro disco gravado em estúdio em 1957, como membro da banda Turma da Gafieira, ao lado de músicos como Sivuca e Altamiro Carrilho.
Após colaborar com Baden Powell, Sérgio Mendes e Milton Nascimento, o primeiro disco solo de Raul de Souza, À Vontade mesmo, foi lançado em 1965. Depois, lançou outros álbuns como Colors (1974), Sweet Lucy (1977) e Jazzmim (2006).
Ao longo da carreira, o músico morou no México e nos Estados Unidos, antes de se mudar definitivamente para a França, na década de 1990. No fim do ano passado, Raul havia anunciado aposentadoria.