Por Jéssica Barcellos, Especial
O Planeta Atlântida já começou em clima de festa. A ideia do festival surgiu entre um grupo de amigos, formado pelo executivo do Grupo RBS Renato Sirotsky (1959-2008) e os três sócios da DC Set Group, Cicão Chies, Dody Sirena e Eugênio Corrêa. Juntos, eles criaram o megaevento, que saiu do papel em 1996, como uma forma de festejar o aniversário de 20 anos da rádio Atlântida.
— A exemplo dos maiores festivais que acontecem no mundo, o Planeta Atlântida se tornou um projeto extremamente relevante para a sua comunidade. Realizado hoje na região central de Xangri-lá, o evento segue o exemplo de algumas das maiores cidades do mundo, como Nova York, Londres, Chicago e outros municípios que realizam grandes festivais — avalia Cicão Chies, sócio da DC Set Group e um dos criadores do Planeta Atlântida
Hoje, o Planeta é o maior festival de música do sul do Brasil, o único a ter 25 edições consecutivas. É o evento mais aguardado do verão gaúcho, que impacta diretamente no calendário das famílias e, principalmente, dos adolescentes, que consideram o festival como um debut.
— O Planeta Atlântida vai muito além do festival em si: são 25 anos de histórias de um evento querido e esperado pelo público e que, ao longo desse período, se destacou por oferecer experiências e emoções que passam de geração em geração. É o ponto alto do verão gaúcho e um marco no calendário de entretenimento do Rio Grande do Sul e do Brasil —afirma Marcelo Leite, diretor-executivo de Marketing do Grupo RBS.
O evento já nasceu reunindo algumas das maiores expressões do momento. Em sua primeira edição, o line-up contava com grandes nomes do cenário brasileiro, como Mamonas Assassinas, Titãs, Rita Lee, Fernanda Abreu e Paralamas do Sucesso, já trazia sua primeira atração internacional, o argentino Charly García, e ainda abria espaço para os gaúchos Papas da Língua e Cidadão Quem. O festival também já surgiu sendo pioneiro em multiatratividade, oferecendo atrações e experiências que iam muito além da música, como atividades de kart, montanhismo e paintball.
— O Planeta Atlântida é uma referência. Foi o primeiro evento a ser pensado para mais de um palco, com shows simultâneos que reunissem diferentes estilos, além de atrações e experiências complementares à música – tudo em um mesmo lugar. E deu tão certo que passou a servir de inspiração para outros grandes eventos, além de se transformar no lugar onde todos querem estar — opina Dody Sirena, sócio da DC Set Group e um dos criadores do Planeta Atlântida
Desde então, a lista de atrações só aumentou, somando também nomes como Armandinho, O Rappa, Charlie Brown Jr., Ivete Sangalo, Anitta, Marcelo D2, Fatboy Slim, The Offspring, Jason Mraz e diversos outros que, juntos, chegam ao total de 1,3 mil atrações.
— O Planeta Atlântida é o evento que mobiliza as famílias. É o ponto de partida para o planejamento do verão e passou a ser o debut de uma geração inteira. Só isso já mostra a sua grandiosidade. E não é só o público que anseia participar. Artistas de todas as partes do Brasil também querem fazer a sua estreia no nosso palco. Temos muito orgulho da história que construímos até aqui — afirma Eugênio Corrêa, sócio da DC Set Group e um dos criadores do Planeta Atlântida.
800 horas de hits
É um festival de dimensões planetárias. Nos palcos montados na Saba, na praia de Atlântida, e também na ilha de Florianópolis, em Santa Catarina, o megaevento já recebeu mais de 2,2 milhões de planetários que curtiram mais de 800 horas de música dos mais diferentes estilos, do rap ao reggae, do rock ao funk, e do pop ao samba. E, além do público no evento, o festival tem um alcance potencial de 200 milhões de pessoas via transmissão de TV, rádio ou por redes sociais.
— Além de levar entretenimento para milhões de gaúchos, o Planeta Atlântida tem o compromisso de gerar um impacto local positivo, tarefa que buscamos cumprir a partir da geração de empregos e de renda para o nosso Estado. Fazer a roda da economia girar, ao mesmo tempo em que projetamos o Rio Grande do Sul para o Brasil e o mundo, é motivo de muito orgulho — diz Claudio Toigo Filho, CEO do Grupo RBS.
Mas o impacto do Planeta Atlântida vai muito além da música: o evento é responsável por uma geração de R$ 119,7 milhões para a economia gaúcha, além de contribuir para a ampliação de empregos na região durante sua realização e estimular setores indiretamente envolvidos. O número foi apurado no Estudo de Impacto Multidimensional do Planeta Atlântida, pesquisa realizada pelos professores da Escola de Negócios da PUCRS Ely José de Mattos, Adelar Fochezatto e Lelis Balestrin Espartel. O levantamento ainda revelou que, para cada 10 pessoas diretamente empregadas na realização do evento, o Planeta Atlântida gerou, em 2020, a contratação de mais 7,6 pessoas que não estavam diretamente envolvidas.
Além disso, para cada R$ 1 de valor adicionado na economia gaúcha para a realização do Planeta, gerou-se outros R$ 0,90 em diversos setores que foram estimulados indiretamente, como restaurantes, bares e lojas de conveniência do litoral do Rio Grande do Sul. O festival também foi um importante gerador de impostos. Para cada R$ 1 de imposto estadual sobre comércio e serviços (ICMS) que o Planeta gerou, houve um incremento de R$ 0,93 de imposto para o Estado. E para cada R$ 1 do total de impostos gerados pelo evento, outro R$ 1,01 foi gerado para o restante da economia gaúcha no ano passado.
— É um impacto muito significativo para um evento concentrado em dois dias. Isso mostra que o Planeta tem potencial para ativar muitos setores da economia através de todo o processo para a sua realização, que não se limita aos dias do evento, mas tem impactos ao longo de meses — explica o economista Ely José de Mattos.
O Planeta Atlântida em números
- Mais de 2,2 milhões de pessoas já passaram pelo Planeta Atlântida
- Além do público que comparece ao evento, o festival tem um alcance potencial de 200 milhões de pessoas via transmissão de TV, rádio ou por redes sociais
- Os planetários já curtiram mais de 800 horas de música no festival
- Mais de 1,3 mil atrações já se apresentaram nos palcos do megaevento
- Geração de R$ 119,7 milhões para a economia gaúcha, apenas em 2020
- Cerca de R$ 4,4 milhões em tributos e impostos indiretos apenas na última edição do evento, em 2020
- É o único festival do Brasil que teve 25 edições consecutivas