Desta sexta-feira até o próximo domingo, Humberto Gessinger leva novas canções a três cidades diferentes do Estado. É a primeira turnê no Rio Grande do Sul depois do lançamento do álbum Ao Vivo Pra Caramba, já disponível nas plataformas digitais – a versão em DVD do trabalho deve chegar às lojas até o final do mês.
A função começa nesta sexta-feira, às 21h, no Teatro Feevale, em Novo Hamburgo; segue no sábado, à meia-noite, para o Ginásio da AMG, em Garibaldi; e termina no domingo, às 20h, no Theatro Guarany, em Pelotas. Na Capital, o show fica para 9 de junho, no Pepsi On Stage, em noite dividida com os Paralamas do Sucesso.
Hoje com 54 anos, Gessinger viaja há mais de três décadas levando sua música pelo Brasil, primeiro com os Engenheiros do Hawaii, e em carreira solo desde 2008. No palco, segue exibindo a mesma energia juvenil: corre de uma ponta a outra, canta e toca diferentes instrumentos ao mesmo tempo e dá saltos como se não tivesse uma pesada guitarra de dois braços nos ombros. Mas, para o músico, algo certamente mudou nesse tempo – sua proximidade com a terra-natal. Ele sente que seu público local, que já foi menos numeroso do que em regiões como Centro-Oeste e Nordeste, tem crescido.
– Por um certo período foi difícil para os formadores de opinião locais saberem em que gaveta me colocar. Não sabiam se eu era um artista local ou nacional, mainstream ou underground, crossover ou nichado. Agora, que a comunicação pode circular de forma mais direta entre emissor e receptor, acho que as pessoas podem me entender melhor, independente de filtros. E todos podemos voltar pra casa pelo caminho mais curto – avalia o músico.
Ao Vivo Pra Caramba foi gravado em agosto, no Pepsi On Stage, em Porto Alegre, com os dois músicos que acompanham Gessinger nessa turnê – o guitarrista Felipe Rotta e o baterista Rafa Bisogno. O repertório foi baseado no álbum A Revolta dos Dândis, que completava 30 anos de lançamento. Algumas vezes medleys que cruzavam as antigas canções com músicas de outras fases da carreira do compositor, além das inéditas Das Tripas Coração, Pra Caramba, Saudade Zero e Cadê. A turnê atual repassa boa parte do álbum, mas também reserva algumas surpresas.
Duas perguntas para Humberto Gessinger
Ao Vivo Pra Caramba tem quatro canções inéditas, gravadas em formato acústico. Todas entram no novo show? Como elas se integram ao repertório?
Sim, toco todas as novas no show. Elas estão espalhadas pelo setlist, pois a ordem das canções depende do instrumento que estou tocando em determinado momento. Saudade Zero ganhou um arranjo mais pesado, as outras permanecem bem próximas da versão do DVD. E elas só estão acústicas no DVD porque achei que assim dialogavam melhor com o resto do material do disco, mais pesado. A mistura de inéditas com clássicos já é tradicional dos meus registros ao vivo e gosto de criar “discos dentro dos discos”.
Você já disse em algum momento que rearranjar as músicas ocupa sua mente de modo parecido com o ato de compor. No novo álbum, trechos de diferentes canções se cruzam e músicas conhecidas ganham arranjos com timbres bem diferentes dos originais. Fale um pouco sobre exercício.
Para mim é natural criar links entre canções de várias fases, revisitá-las em ambientes diferentes. Minha trajetória é feita mais de continuidade do que de rupturas. Quando alguém que conhece meu trabalho ouve uma música nova, provavelmente terá algumas expectativas e predisposições, o que é natural. O fato das músicas novas jogarem outra luz nas antigas não é tão óbvio mas é igualmente fascinante. Dá pra subverter a linha do tempo, andar nos dois sentidos. E há várias escalas de tempo se entrelaçando na obra de uma artista longevo: os três minutos da canção, os quarenta minutos do disco, as duas horas do show, os dois anos da tour, os trinta anos da carreira... Não faz sentido para ele (para mim) focar numa só.
AO VIVO PRA CARAMBA
Sexta-feira, às 21h.
Teatro Feevale(ERS-239, 2755 – Campus II), em Novo Hamburgo.
Ingressos: a R$ 150 (plateia baixa, plateia alta e camarotes), R$ 120 (balcão nobre e frisas).
À venda no local, a partir das 9h.
Sábado, à meia-noite.
Ginásio da AMG (Rua Antônio Bortolini, 400), em Garibaldi. O show faz parte do Food Festival, que começa às 17h.
Ingressos :a R$ 1.200 (mezanino Setor 1, mesas para oito pessoas), R$ 1.000 (mezanino Setor 2, para oito pessoas), R$ 800 (mezanino Setor 3, para oito pessoas), R$ 100 (pista premium – 3º lote) e R$ 60 (pista vip – 1º lote).
À venda pelo site blueticket.com.br e na bilheteria do local no dia do evento.
Domingo, às 20h.
Theatro Guarany (Lôbo da Costa, 849), em Pelotas.
Ingressos: a R$ 650 (camarote 1ª Ordem – cinco pessoas), R$ 600 (camarote 2ª ordem - cinco pessoas), R$ 260 (plateia gold – 3° lote), R$ 200 (plateia premium – 2° Lote), R$ 220 (plateia central – 3° lote), R$ 160 (plateia alta – 2º lote), R$ 140 (solidário – plateia gold – 3° lote), R$ 120 (solidário – plateia central – 3° lote) e R$ 90 (solidário – plateia alta –2º lote). Para o ingresso solidário, levar um quilo de alimento não perecível.
À venda no Café Ponto Com (Quinze de Novembro , 709), Scala shopping Pelotas (Ferreira Viana, 1526), Imperatriz Doces Finos do Mercado Público (Praça Sete de Julho, 179), CVC – Rio Grande da (Floriano Peixoto, 279, em Rio Grande) e no site blueticket.com.br.