Roger Lerina
Os Paralamas do Sucesso é exemplo de muita coisa: longevidade, qualidade, coerência artística, fidelidade. Com o recém-lançado Sinais do Sim, 13º disco em 35 anos de estrada, a banda pode acrescentar outro atributo à lista: otimismo. Nas 11 faixas do novo trabalho de estúdio, que sucede Brasil Afora (2009), Herbert Vianna (voz e guitarra), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) espanam os tempos sombrios que vivemos com versos como os da faixa-título: "Ver o nascer de um novo dia / Não parece tão ruim / Há pouco tempo só se via / Na poeira da dor / Os sinais do sim". O alto astral não se restringe às letras: o álbum talvez seja o mais rock'n'roll da história do trio, evocando em apenas 36 minutos de duração a objetividade despojada do pós-punk da virada dos anos 1970 para os 1980 e a energia juvenil dos tempos de Cinema Mudo (1983) – estreia discográfica que incluía hits empolgantes como Patrulha Noturna, Vital e Sua Moto e Química.
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