Será realizado nesta segunda-feira (16), às 18h30min, o último encontro do ano do projeto Os Livros de Nossa Vida, que recebe personalidades para relembrar obras fundamentais de sua formação intelectual. Os participantes desta edição são os escritores Amilcar Bettega e Arthur Telló, ambos com livros lançados em 2019.
Realizado pela Coordenação de Literatura e Humanidades da Secretaria de Cultura de Porto Alegre, o evento ocorre na Sala Álvaro Moreyra do Centro Municipal (Av. Erico Verissimo, 307), com entrada franca. A mediação será de Sergius Gonzaga, coordenador de Literatura e Humanidades da Secretaria.
Bettega despontou no mundo das letras com a coletânea de contos O Voo da Trapezista (1994) e obteve reconhecimento nacional com as narrativas breves de Deixe o Quarto como Está (2002). Outra incursão no gênero, Os Lados do Círculo (2004), foi a obra vencedora, em 2005, do Prêmio Portugal Telecom – que depois passou a ser chamado de Oceanos. Após uma experiência no romance, com Barreira (2013), retornou ao conto neste ano com o lançamento de Prosa Pequena, pela Editora Zouk. O livro é composto por 69 textos selecionados entre os mais de 150 que produziu para a extinta revista online Terra Magazine.
– Normalmente é assim que funciono: parto de uma imagem, algo que sonhei, ou imaginei, mas é uma coisa visual que dá o pontapé, só depois vem o texto, e a minha escrita é isso, colocar palavras em cima dessas imagens. Não sei se dá para chamar de método, mas um hábito de começar sem saber onde vai dar. Por serem trabalhos que iam para uma revista online, não sabia se ia aproveitar aquele texto em particular, não havia a cobrança de criar contos para juntar em um livro. Isso me permitiu extrema liberdade – disse Bettega a ZH ao lançar Prosa Pequena.
Já Telló lançou neste ano seu primeiro livro, a coletânea de contos Os Cadernos de Solidão de Mario Lavale, também pela Zouk. O nome do personagem do título é tributo ao escritor uruguaio Mario Levrero, influência do autor. Ao longo das prosas, Telló acrescenta referências autobiográficas sem compromisso com a verdade, ao modo de Philip Roth. Unidas pelo grande tema da solidão, as narrativas enveredam por questões como relacionamentos, crises pessoais e o ciclo da vida. Além de escritor, Telló é professor de latim, grego, literatura e escrita criativa na Escola de Humanidades da PUCRS.