Com inspiração em reality show culinário, os competidores do concurso do Instituto Estadual do Livro (IEL) Desafio Literário recebiam um tema sorteado pelo júri e precisavam criar os textos em um tempo de uma hora e meia, relata a diretora do IEL, Patrícia Langlois. – Foram cinco gêneros em cinco dias consecutivos: o primeiro foi miniconto, depois foi poetrix, poema livre, crônica e, finalmente, conto – explica a diretora a respeito da atividade desenvolvida na programação da Feira do Livro.
A cada etapa, permaneciam na competição os autores dos textos que recebiam sete pontos ou mais. Os demais eram eliminados. A média das notas dos cinco textos dos finalistas resultou na classificação dos três primeiros lugares.
O vencedor foi Celso Gonzaga Porto, seguido de Marcos Eizerik, em segundo lugar, e Eduardo Bizarro Pereira Porto, terceiro lugar.
– O desafio de você ter um tempo limitado e um tema determinado é o que estimula a criação. Quando se recebe o tema é só direcioná-lo à modalidade literária com a qual se está trabalhando naquele momento – afirma Gonzaga Porto, um veterano na literatura que escreveu a primeira crônica aos 12 anos e agora, aos 72, lança seu quinto livro, Um Mito Chamado Gardel, pela Travassos Publicações.
De acordo com Patrícia, que destaca o apoio da Associação Gaúcha de Escritores, da Academia Rio-Grandense de Letras e da Brascril na iniciativa, o propósito do IEL de incentivar os escritores foi manifestado nas duas competições levadas ao evento. Além do Desafio Literário, o IEL fez a entrega da primeira edição do Prêmio Minuano, que consagrou nove autores nascidos no Rio Grande do Sul ou publicados por editoras gaúchas.
– Nossa missão é incentivar os escritores, tanto os já publicados quanto os jovens iniciantes. Queremos promover a escrita, não só que as pessoas leiam mais, mas que também escrevam mais – afirma a diretora do IEL.