Entre livros, bate-papos e sessões de autógrafos, quem for aproveitar o feriado na Feira do Livro terá ainda a oportunidade de desfrutar um novo universo gastronômico que aos poucos se acomoda na Praça da Alfândega. É o complexo que conta com dois bares, uma hamburgueria, uma cafeteria e uma lancheria batizado de Caminho dos Jacarandás, inaugurado em julho na lateral da Praça e que já está se consolidando como um dos points preferidos de quem visita o evento.
Ainda que não faça parte da organização oficial da festa do livro (a obra integra o Programa Monumenta, do governo federal, voltado para a requalificação de centros históricos urbanos), o local se mistura quase que organicamente com as demais estruturas e serve como um complemento à praça de alimentação da Feira.
– A gente não sabia que existia este local e ficamos bastante surpresas. Este é o segundo ano que viemos de Garibaldi com a escola só para visitar a Feira e ficamos muitas horas passeando por aqui – conta a estudante Fernanda Martelli, de 17 anos.
Ao lado da colega Leticia Giovanaz, também com 17 anos, elas encontraram em uma lancheria do Caminho dos Jacarandás o lugar ideal para sentar, comer um crepe e conversar sobre os livros que tinham acabado de comprar.
– Além de romances, comprei um preparatório para o vestibular da UFRGS. A Feira é boa porque tem uma grande variedade de livros e, além disso, está se tornando um local cada vez mais agradável de passear, sentar e relaxar – afirma.
Com mesas na rua e uma variedade de cardápios que atendem a todos os gostos, o corredor de estabelecimentos – já são cinco –, se tornou o local ideal não só para quem quer apreciar os livros recém comprados, mas também para os fãs de um happy hour. Com opções diversificadas de chopes e cervejas artesanais, os estabelecimentos têm no fim de tarde um dos horários de maior movimento.
CAFÉ E DIVERSIDADE
– O público está maravilhoso durante todo o período da Feira, mas entre as 18h e 20h temos um horário de pico, em que muitas pessoas vêm tomar um chope com amigos e curtir a movimentação da Praça. Com certeza a cerveja, junto com nossos pastéis, é um dos produtos mais consumidos por aqui – conta Diom Teilor, 30 anos, gerente do Boteco da Cenoura, um dos estabelecimentos do novo corredor gastronômico.
Enquanto alguns visitantes se surpreendem com o novo complexo gastronômico, os que frequentam a região diariamente já estão até se transformando em clientes cativos dos novos estabelecimentos:
– Nem preciso fazer meu pedido, porque eles já sabem o café de que gosto – conta a defensora pública Silvia Brum, de 45 anos, que frequenta o Café da Praça desde sua inauguração, há cerca de três meses.
Sentada a uma mesa com dois colegas de trabalho, eles contam que costumam parar diariamente no estabelecimento após o almoço para “tomar um cafezinho sob o colorido dos jacarandás”. Durante o período da Feira, aproveitam também o horário de descanso para conversar sobre as novas compras literárias. A dona do estabelecimento, Daniela Bolze da Silva, de 42 anos, comemora o movimento, que se acentuou nas últimas semanas, e destaca que o mais interessante é a diversidade de clientes que visitam seu café:
– Tem o pessoal que trabalha nas bancas e vem aqui nos intervalos, os amantes de literatura que ficam lendo um livro enquanto tomam um café e também quem vem bater um papo e nem passa pela Feira – relata.
Enquanto a praça de alimentação do evento – que também oferece uma variedade gastronômica – possui um horário de atendimento fixo (até domingo, das 9h30min às 20h30min), os cinco estabelecimentos já abertos no Caminho dos Jacarandás têm horários próprios de funcionamento, mas seus gerentes garantem que neste feriado e final de semana estarão com as portas abertas para quem quiser relaxar depois de passear pela Feira.