Este sábado (11) será de lançamento em família na Praça da Alfândega, durante a Feira do Livro de Porto Alegre. Isso porque Maria Carpi e Fabrício Carpinejar estarão autografando, respectivamente, seus novos livros Tudo o que é Belo é Efêmero e Liberdade na Vida É Ter um Amor para se Prender, a partir das 17h30min, na Praça de Autógrafos. Com 95 poemas inéditos, a obra de Maria também será tema de um seminário na Sala Oeste do Santander Cultural, na Rua 7 de Setembro, 1.028, a partir das 9h de sábado. Com curadoria de Caio Riter e Milene Barazzetti, o encontro sobre Maria terá participação do filho Carpinejar e de outros profissionais da área.
A obra lançada por Maria tem influência e incentivo de Carpinejar, que encaminhou o livro à editora. A literatura se faz muito presente na vida de ambos. Com jeitos diferentes de olhar para as coisas e se expressar por meio das palavras, o sentimento de admiração um pelo outro é recíproco.
— Eu sou uma pessoa que não sou parâmetro para ninguém. Eu não tenho pressa, me debruço em silêncio sobre as coisas, e o Fabrício tem uma postura totalmente diversa. Eu acho bom porque a literatura é isso, a oportunidade para a diversidade. É uma diversidade de olhar. Respeito muito o que ele faz, ele respeita muito o que eu faço, e a gente se incentiva muito — conta Maria.
Ao longo do dia, rodas de conversa sobre poesia serão realizadas com a escritora no Santander Cultural. No fim da tarde, Maria e Carpinejar estarão lado a lado assinando suas obras.
— Acho que vou ficar mais olhando para o lado para ver como a mãe está do que acompanhando a minha fila — brinca Carpinejar, que destaca só estar na praça amanhã graças a Maria:
— A mãe me alfabetizou, a mãe é filha da gentileza, é um capricho. É da mãe que eu herdei a educação. Acredito que se eu não fosse filho da Maria Carpi, eu ainda encontraria um livro dela na estante e seria filho de seus versos.
Para o escritor, a literatura é uma terapia, uma forma de organizar a mente:
— É uma forma de transformar o pensamento em solidão. Quando a gente consegue orquestrar o que está sentindo em palavras, a dor diminui. A dor só aumenta o que a gente guarda. E, no meu caso, tive a sorte de ser parente da palavra.
Abordando vida, morte, tempo, devoção e escolhas, os versos escritos por Maria, tratam da efemeridade dos dias de hoje, da generosidade, do vislumbre e "do assombro que é nascer, que é viver", na visão do filho. Com uma proposta um pouco diferente, o livro de Carpinejar busca resgatar o amor à moda antiga e será tema de um bate-papo com os leitores às 17h, na Sala Oeste do Santander Cultural.
— É um livro com frases de guardanapos que podem ser destacadas e entregues para quem o dono quiser entregar. Nós vivemos um período em que a gente precisa com urgência da ternura, é isso que eu estou tentando resgatar. Livro bom é aquele que está totalmente distribuído — diz Carpinejar.