Após vir à tona a notícia da morte do ator canadense Donald Sutherland, o site Radar Online apurou, nesta quinta-feira (20), que o artista lutava contra dificuldades respiratórias e precisava carregar consigo um tanque de oxigênio. Isso porque sofria de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O portal Deadline já havia revelado que ele "sofria há tempos com uma doença", sem especificar de qual tipo.
— Era uma doença pulmonar debilitante e incurável, mais comumente causada pelo tabagismo — disse uma fonte próxima ao artista, acrescentando que ele precisava ter o equipamento de oxigênio por perto "quase como se estivesse sempre em grande altitude".
A doença pulmonar obstrutiva crônica é, na verdade, um conjunto de enfermidades que inclui a bronquite crônica e a enfisema pulmonar. O paciente portador de DPOC apresenta obstrução do fluxo de ar, na maioria dos casos, causada pelo tabagismo.
Sutherland, que morreu aos 88 anos após quase seis décadas de carreira na indústria cinematográfica, já foi um fumante de "quatro maços de cigarro por dia" nas décadas de 1960 e 1970, mas havia parado de fumar há décadas. Inclusive, preferia manter distância de fumantes nos sets de filmagem, salientou outra fonte.
O ator, que ganhou o Oscar honorário em 2018, acumulou mais de 200 filmes em seu currículo. Tornou-se um ícone da contracultura em longas como Os Doze Condenados (1967), M*A*S*H (1970) e Inverno de Sangue em Veneza (1973). Também integrou o elenco de produções como Uma Saída de Mestre (2003) e Cold Mountain (2003), filme indicado ao Oscar em sete categorias. Foi vencedor do Emmy pelo trabalho no telefilme Cidadão X, em 1995. Mais recentemente, ganhou destaque como o presidente Coriolanus Snow, o ditador cruel de Panem em Jogos Vorazes.
A causa exata da morte não foi divulgada. Ele deixou a esposa, Francine Racette, e os filhos Roeg, Rossif, Angus, Kiefer e Rachel, além de quatro netos.